É bom que António Costa se habitue aos “casos e casinhos”, porque, só à conta da Câmara Municipal de Lisboa, terá de lidar com 12 investigações judiciais, engavetadas há anos pelo Ministério Público (MP), mas que começaram, entretanto, a ver a luz do dia. Depois dos ajustes diretos ao escritório de advogados do ex-ministro Pedro Siza Vieira e do caso Joaquim Morão, o MP decidiu avançar para mais um: a cedência, em 2017, de um terreno e o apoio de 200 mil euros à Associação Amigos do Rugby do Belém.
Segundo informações recolhidas pela VISÃO, uma semana antes das buscas no Departamento de Urbanismo da CML a propósito da contratação de Joaquim Morão, os procuradores do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa realizaram outra diligência do mesmo tipo no Departamento da Atividade Física e do Desporto da autarquia lisboeta. O objetivo foi recolher documentação sobre um contrato-programa firmado com o Belenenses Rugby para a construção de um “rugby park”, junto à Avenida dos Bombeiros, em Belém.
Entrada de assistentes no processo da câmara de Lisboa forçou Ministério Público a dar outro ritmo às investigações. Cinco procuradores foram nomeados para fazer o que não tinha sido feito