Questionado sobre se exerceu um papel de mediador na resolução do impasse entre a Câmara de Lisboa e o Governo a propósito dos encargos financeiros para a Jornada Mundial da Juventude, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que “não é preciso mediação nenhuma”.
“Não é preciso mediação nenhuma, [Governo e autarquias] estão totalmente entendidos. O acordo está mais do que fechado, está selado, já está por escrito, já estava na cabeça e no coração das pessoas, agora nalguns pontos passou a ficar por extenso”, sustentou o chefe de Estado, no final de uma visita aos espaços que vão acolher aquele evento religioso, entre 01 e 06 de agosto de 2023.
De acordo com a edição de quarta-feira do jornal Público, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, chegaram a “um consenso” sobre a Jornada Mundial da Juventude.
O jornal noticiou que o Governo concordou em assumir “os encargos financeiros” que a autarquia anteriormente aceitou, ainda durante a presidência do socialista Fernando Medina, e que foram rejeitados por “indisponibilidade financeira” demonstrada pelo executivo do social-democrata Carlos Moedas.
Este acordo foi alcançado na véspera da visita de Marcelo Rebelo Sousa aos terrenos, entre Loures e Lisboa, que vão receber centenas de milhares de peregrinos católicos no próximo ano.
Questionado sobre este ‘timing’, o Presidente da República rejeitou qualquer “magistratura de influência” nesse sentido: “Foi pura coincidência, já estava em marcha. O mérito é todo dos intervenientes. É mérito do Governo, do presidente da Câmara de Lisboa, do presidente da Câmara de Loures, do bispo auxiliar de Lisboa (…) e chegou-se à unidade”.
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