A ideia tem mais de meio ano. Remonta, pelo menos, a 10 de setembro do ano passado, quando o deputado municipal de Pedrógão Grande Luís Paulo Fernandes (independente, eleito na lista do PSD) pediu ao presidente da Assembleia Municipal, António Tomás Correia, que fosse criada uma comissão para investigar o rasto dos donativos que chegaram ao concelho na sequência do trágico incêndio de 17 de junho de 2017.
Luís Paulo Fernandes queixa-se de ter sido “ignorado” desde então pelo também presidente da Associação Mutualista Montepio, que se tem refugiado em formalismos para travar a constituição da dita comissão, tal como confirmam as atas da Assembleia Municipal e e-mails a que a VISÃO teve acesso.
Contactado telefonicamente pela VISÃO, Tomás Correia mostrou-se surpreendido com a pergunta sobre o repto que lhe tem sido lançado por Luís Paulo Fernandes. “Não conheço esse pedido…”, começou por garantir. Poucos segundos depois, assegurou que essa matéria “é competência da câmara municipal” chefiada por Valdemar Alves. Pormenor: o regimento da Assembleia Municipal determina que essa é, de facto, uma prerrogativa do órgão presidido por Tomás Correia.
LEIA A INVESTIGAÇÃO NA VISÃO QUE ESTÁ NAS BANCAS