“Gostava muito que o Dr. Rui Rio, uma pessoa que esteve tantos anos a preparar-se para ser primeiro-ministro, tivesse uma mundivisão para apresentar”. Numa entrevista à VISÃO desta semana, hoje nas bancas, José Eduardo Martins não poupa críticas a esta direção do partido do qual é militante. “Se estivesse a trabalhar para ser candidato a líder não dava entrevistas destas”, resume. “Conheço pessoas que dizem do Dr. Rui Rio o triplo do que eu digo. Mas como ainda não perderam a esperança de ser deputados ao Parlamento Europeu ou de entrar numa listinha qualquer, dizem pelas costas. Só que eu não preciso disso”, acrescenta.
Para José Eduardo Martins, que esteve ao lado de Teresa Leal Coelho nas eleições autáquicas para a capital e que esta semana se demitiu das funções de deputado municipal, Fernando Medina está à solta em Lisboa, tal como Antóno Costa está à solta no País. Diz que há quezílias a mais – “um clima de tensão estimulado pela direção” -, e ideias a menos. “Um líder de um partido tem de ser agregador e elevar-se acima dessas coisas. A quezília é como a pastilha elástica, entretém mas não alimenta”, critica. “Precisamos urgentemente de apresentar ao País uma equipa de gente nova.”