“O objetivo passa por abrir o PSD à sociedade.” Esta é a premissa base da revisão estatutária que vai ser hoje entregue por Pedro Rodrigues ao Presidente da Mesa do Congresso. Ao longo dos últimos três meses, o ex-deputado e antigo líder da JSD liderou um grupo de trabalho junto do qual idealizou um PSD mais moderno, mais transparente e mais aberto. A conclusão das várias reuniões que se realizaram desde o primeiro encontro – a 3 de novembro do ano passado, em Lisboa – é uma revisão estatutária que vai a votos no próximo congresso do partido, que decorre de 16 a 18 de fevereiro e que vai confirmar Rui Rio como presidente social-democrata.
A equipa é composta por sete membros, entre académicos e militantes do PSD. Carlos Eduardo Reis, conselheiro nacional, foi a primeira pessoa que Pedro Rodrigues contactou. Ambos começaram a desenhar aquele que seria o grupo de trabalho mais adequado para apresentar uma proposta “séria, que pusesse o partido a olhar para si”, explica o ex-líder da JSD à VISÃO.
Da proposta fazem parte medidas como a adoção do voto eletrónico, a obrigatoriedade de referendar coligações pós-eleitorais e a necessidade de o candidato a presidente do partido ir a votos com os nomes que pretende que façam parte da sua Comissão Política Nacional. A maior mudança pode mesmo vir a ser a das eleições diretas. O grupo sugere que aconteçam em simultâneo com o congresso, devolvendo ao PSD a mística dos grandes congressos.