Aquilo que em 2015, quando chegou ao Governo, era “pouco mais do que um powerpoint”, é agora uma das grandes prioridades do ministro do Planeamento e Infra-estruturas para o próximo ano: o investimento ferroviário, no âmbito da Ferrovia 2020 e do Plano Estratégico de Transportes e Infra-estruturas.
Em entrevista à VISÃO desta semana, Pedro Marques anunciou que espera um crescimento do investimento rodo-ferroviário da Infra-estruturas de Portugal, em 2017, na ordem dos 300 milhões de euros. O crescimento será de 25%, mas o ministro admite que “a base é muito baixa”.
E que mudanças podem esperar os portugueses para o sector da ferrovia: “Temos obras em curso já na Linha do Minho. Temos as obras na linha do Norte. Vamos ter o concurso para a LInha da Beira Baixa, para recuperar o troço que está agora encerrado ao tráfego ferroviária entre Covilhã e Guarda e que deve entrar em obra no próximo ano”.
Segundo Pedro Marques, a reabertura deste troço “vai favorecer as obras que serão feitas na linha da Beira Alta”.
E porque o transporte de mercadorias por via ferroviária é uma das prioridades do Governo, o ministro adiantou que haverá “avanços importantes em 2017 no chamado corredor sul, que liga o Porto de Sines à Europa, em particular a Espanha”. A ideia é “favorecer o tráfego internacional de mercadorias e tornar o de passageiros muito mais fiável”