“A oportunidade tem um nome: Portugal 2020”. Alertando para a incerteza da chegada de fundos comunitários em 2024 ou anos seguintes, o Presidente, que falava em Fronteira, no arranque da sua primeira presidência aberta, apelou ao investimento no interior alentejano.
“Estamos e vamos receber fundos”, os quais servem “para criar riqueza” numa zona que, destacou, tem sofrido particularmente com a desertificação, o envelhecimento e o desemprego. E tudo começa por “uma coisa muito simples: acreditar em Portugal.”
A “meio caminho entre duas capitais, Lisboa e Madrid”, lá onde “as terras se vão esvaziando”, há muito onde investir, garantiu Marcelo, referindo-se à agricultura, à pecuária, à indústria ligada à agricultura, ao “turismo todo o ano, de cultura, de gastronomia, de história”.
Foi este o propósito da sua visita inaugural ao Portugal profundo. “Para ouvir. Ouvir os dramas, as alegrias, as ilusões e as desilusões”, as vozes de um interior de onde da década de 60 até 2011 partiu mais de metade da população. “Ficam os mais velhos, a lembrar o que foi.” Marcelo quis ir ao interior alentejano “para criar maior igualdade entre os portugueses, mas com esperança”, palavra que repetiu várias vezes.
Depois, o pequeno estrado montado no meio da praça do município foi invadido por crianças da Escola Básica Frei Manuel Cardoso, de Fronteira, desejosas de tirar selfies com o “Presidente Professor” ou com o “Professor Marcelito”. Disse-lhes, com tom convicto, “”o futuro são vocês”, mas as crianças estavam concentradas nas poses fotográficas e nos autógrafos.
O Presidente Tirou dezenas delas sempre com um sorriso na cara até que começou a pingar e… “Agora deixem-me sair que está a começar a chover”.