Que pior desgraça pode acontecer a um homem eleito sete vezes consecutivas pelo seu povo que estar 429 dias fechado numa prisão? Como se volta para o mundo, depois de meses a contar passos na cela, quando nunca se fez outra coisa que não política e a reputação já está perdida? Muitos se lembrarão da imagem de Isaltino Morais, 20 quilos mais magro, e com sacos pretos do lixo na mão, a sair da prisão da Carregueira. Foi a 24 de julho de 2014 e, desde então, o ex-autarca de Oeiras só deixou de estar debaixo dos holofotes por breves momentos. Lançou um diário do período passado na cadeia, A Minha Prisão (Ed. A Esfera dos Livros) aproveitou a promoção da obra para dar entrevistas e depois voltou a cair no esquecimento. Mas não dos oeirenses ainda o idolatram, tratam-no por “senhor presidente” e pedem-lhe que regresse.
“Morrer politicamente, morre-se muitas vezes e depois ressuscita-se”, escreveu no seu diário. A ressurreição estará para breve. Três fontes próximas ouvidas pela VISÃO asseguram que irá concorrer às autárquicas de 2017, andando já em reuniões a preparar o regresso. Por decidir está com que apoios o fará o movimento independente Isaltino Oeiras Mais à Frente é, neste momento, encabeçado por Paulo Vistas, atual presidente da câmara, e ambos terão entrado em rutura depois de Vistas ter retirado os pelouros a uma vereadora próxima de Isaltino. Desse previsível frente a frente ninguém poderá saber o desfecho: Vistas ganhou as eleições com o nome de Isaltino Morais no boletim de voto.
Para já, enquanto a entrada na corrida não é assumida, Isaltino vai tentando trabalhar. Porque uma reforma de 1200 euros “não dá para ficar parado”, como se queixou ao Expresso. Apostou em Angola e Moçambique, mas os projetos estarão longe de ser um êxito. Contactado pela VISÃO, o ex-autarca nada quis comentar.
No campo dos políticos caídos em desgraça, não há mais condenados que cumpriram pena, mas há muitos desaparecidos. E se uns, como Miguel Relvas e Dias Loureiro, perceberam que, pelo menos por uns tempos, teriam de concentrar-se em trabalhos fora do País, outros, como Miguel Macedo, continuam à procura de um rumo e de uma almofada financeira. Há quem tenha uma carreira na política e outra, em simultâneo, fora dela. Não é o caso do ex-ministro da Administração Interna, que entrou na vida pública em 1987, como deputado eleito por Braga, e só saiu no final da última legislatura, em julho de 2015, depois de envolvido no processo dos Vistos Gold. Mal o escândalo rebentou, deixou a equipa de Passos Coelho. Depois passou oito meses na bancada do PSD, sem proferir uma palavra sobre o caso que envolveu alguns dos seus amigos e ex-sócios. Desde que o Parlamento fechou as portas, em julho, Miguel Macedo (que não quis falar à VISÃO) assentou arraiais em Braga, onde lhe morreu a mãe, no último mês.
O processo, diz quem o conhece bem, levou-o a refugiar-se. Decidiu não entrar nas listas de deputados nas últimas legislativas, não pediu a subvenção vitalícia do Estado e recusou um convite para dar aulas numa universidade. Um amigo confidencia que anda pelos escritórios de advocacia, mas sem idas a tribunais. Contudo, outra pessoa das suas relações, de Braga, garante que o Direito não é a sua forma de ganhar a vida.
Duarte Lima também está com a vida ‘congelada’. Fora a subvenção vitalícia de 2 200 euros, por ter sido deputado, não se lhe conhecem outras fontes de rendimento. “Os investimentos dele assentavam sobretudo em empréstimos”, explica uma pessoa próxima do antigo líder da bancada laranja. Aguarda (à distância) o desenrolar do julgamento no Brasil, onde é acusado do homicídio de Rosalina Ribeiro, sua antiga cliente, e a decisão sobre o processo BPN/Homeland, que já lhe valeu meio ano em prisão preventiva e 23 meses em domiciliária. Se a Relação de Lisboa confirmar a pena de dez anos de prisão efetiva, ainda pode apelar para o Supremo e para o Constitucional. Os próximos anos serão, provavelmente, passados de recurso em recurso.
AMIGOS PARA AS OCASIÕES
Da ala esquerda, há também quem aguarde por decisões judiciais, como José Sócrates e Armando Vara. O ex-primeiro-ministro já não é obrigado a permanecer exclusivamente em casa e tem sido visto com regularidade na zona sul do Parque das Nações, a fazer jogging. Ninguém confirma se mudou da casa de Sofia Fava, na Alameda, para aquela zona da capital. Ainda não tirou da cabeça a ideia de escrever um livro sobre o seu processo e guarda algumas horas do dia para organizar documentos para a sua defesa. Além das corridas habituais, e das conferências que vai dando pelo País para discorrer sobre política, clamar inocência e invocar alegados abusos do Ministério Público, não se lhe conhecem outras rotinas. Sem poupanças nas contas abertas em Portugal ou rendimentos da multinacional Octapharma e sem poder contar com os empréstimos do amigo Carlos Santos Silva, como sobrevive? Os mais próximos sugerem: “Há muitas pessoas que devem favores ao ex-primeiro-ministro.”
Já os negócios de Armando Vara que se estendiam a Angola, Brasil, Argélia, Irão e Iraque estão hoje a meio gás: primeiro abrandaram porque ficou obrigado a permanecer em casa, depois porque, apesar de ter sido libertado mediante caução, ficou impedido de sair do País. Ainda assim, tenta conduzir os negócios à distância e levará uma vida “banalíssima”, entre a casa em Entrecampos e almoços com amigos, aguardando as consequências do processo que tem como principal arguido José Sócrates, bem como do Face Oculta a Relação ditará nos próximos meses se terá de cumprir cinco anos de prisão. Durante os meses em que ficou obrigado a permanecer em casa, quebrava a solidão convidando amigos para jantar. O ex-administrador da CGD contribuía com alheiras de Vinhais, onde nasceu.
Quem também aguarda por uma decisão do caso Face Oculta é José Penedos: o ex-presidente da REN reformou-se e, diz quem o conhece, que se foi “abaixo”.
Não foi implicado em qualquer escândalo financeiro ou caso de corrupção, mas quem se esquece de que Miguel Relvas se licenciou pela Universidade Lusófona através de equivalências e que até uma ligação a uma associação de folclore o ajudou a valorizar o currículo e a conquistar créditos? Foi o suficiente para ser obrigado a mudar de vida de um dia para o outro: passou de ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares a consultor. A VISÃO apanhou-o numa das suas curtas passagens por Portugal e perguntou-lhe o que tem andado a fazer desde que se demitiu, em abril de 2013: “Escrevi um livro [sobre a reforma da administração local], sou senior advisor da Roland Berger, mantenho a minha empresa de consultoria IntegraBalance e tenho uma parceria com uma sociedade financeira com sede em Inglaterra, a Aethel, que avalia projetos e decide investimentos.” Casou com Marta Sousa e foi pai de uma menina. Mas nem por isso sossegou. “Viajo muito entre os vários continentes”, conta o ex-ministro. Brasil, Angola, Moçambique e México são alguns dos países onde passa mais tempo, a fazer consultoria e a participar em reuniões do think tank Atlantic Council, duas vezes por ano. Foi José Maria Aznar, antigo primeiro-ministro espanhol, que convidou Relvas a participar nos encontros desta plataforma de reflexão.
A política, essa, só ficou fora dos seus radares por uns meses. No congresso do PSD, em fevereiro de 2014, entrou para o conselho nacional do partido, liderando a lista de Passos Coelho. Desde então, não só vai às reuniões desse órgão partidário, como é convidado frequente dos canais de notícias. “Não tenho disponibilidade mental e de tempo para estar dedicado à política”, diz à VISÃO. Mas a seguir assume que tem “ajudado Marcelo” na corrida a Belém. “Dou umas opiniões.” Em abril, marcará presença no congresso do PSD. Quanto a continuar no conselho nacional, responde: “Isso resultará de uma conversa que hei de ter com o Pedro [Passos Coelho] e depois tenho de ver se se compatibiliza ou não com a minha atividade profissional.”
QUANDO O TELEFONE DEIXA DE TOCAR
É possível que, nas suas múltiplas viagens, se cruze com o seu grande amigo Manuel Dias Loureiro. O político, que atingiu o auge da influência durante o cavaquismo (era membro do Conselho de Estado), foi atingido, em 2009, pelos estilhaços do escândalo SLN/BPN: o seu suposto envolvimento num negócio ruinoso, como administrador da holding, levou o DCIAP a constituí-lo arguido mas, ao fim de seis anos e meio, o processo continua sem desfecho. “A minha vida não se divide em ‘antes e depois da SLN’. A SLN foi uma etapa como outras. Ao serviço dela, para minha tranquilidade, nunca ganhei mais do que o meu salário mensal”, respondeu à VISÃO. Sobre as suas rotinas atuais, diz: “Continuo a fazer o mesmo que faço desde os 21 anos: a trabalhar e, sempre que posso, a gozar os prazeres de uma família que já é grande e é muito feliz. Passo muito tempo fora de Portugal: Angola, Nigéria, Peru, México, Londres e Madrid. Agora mesmo estou muito longe de Portugal.”
Recentemente, na queijaria do seu compadre Sebastião, em Aguiar da Beira, Dias Loureiro recebeu um público (e inesperado) elogio de Pedro Passos Coelho. O ex-ministro de Cavaco Silva, hoje com 64 anos, não poderia estar mais distante: “Não penso em política.”
Longe mantém-se também Luís Filipe Menezes, o ex-autarca de Gaia que está a ser investigado por suspeitas de branqueamento de capitais. Chegou a hora de fugir ao ciclo de 16 anos de causa pública que identificou como sendo um ciclo de “empobrecimento”. Hoje manter-se-á como chairman de uma imobiliária a Urban Value, com fortes ligações a Angola.
Há um traço comum em muitos dos ex-poderosos que a VISÃO ouviu: o momento em que viram o número de ‘amigos’ encolher ou o telefone deixar de tocar. Paulo Penedos, o filho de José Penedos também condenado em 1.ª Instância no processo Face Oculta, comentou com um amigo que deveria escrever um livro precisamente com o título Quando o Telefone Não Toca.
Depois de rebentar o “escândalo das secretas”, Jorge Silva Carvalho passou por isso e pelo seu contrário. Por um lado, enfrentou dois anos de desemprego e de indefinição. Chama-lhe “a ressaca”. Por outro, deixou de ser um desconhecido ex-espião para se transformar numa figura que hoje toda a gente reconhece. Para enfrentar o período mais difícil em que se limitava a vestir-se para ir levar os filhos ao colégio e regressar à base, onde passava os dias em “roupa de andar por casa”, inscreveu-se num mestrado em gestão no ISCTE (foi o melhor aluno), voltou ao judo e ganhou o cinto negro no kickboxing, treinando seis vezes por semana. Também se dedicou ao bricolage: “Até portas de casa pintei.” Sobreviveu à custa de poupanças e, quando essas verbas começaram a escassear, abriu uma empresa de consultoria, a Silva Carvalho & Associados. Hoje, apesar de o julgamento ainda decorrer, tudo é mais fácil: ganhou um processo contra o Estado e o direito a ser indemnizado (no equivalente a 27 salários), dirige um MBA em gestão de conhecimento e inteligência competitiva na Coimbra Business School, participa em seminários das Nações Unidas e é CEO da empresa de segurança 2045. Diz que nunca se sentiu abandonado, mas viu portas fecharem-se. “Por cinco vezes estive para ocupar lugares de administração mas havia um obstáculo: o impacto mediático.” De resto, só sentiu a perda de valor: há uns anos, fora destas circunstâncias, estaria a ganhar bem mais. “Mas se olhar para o lado e para o que as pessoas ganham na Administração Pública…”
Granadeiro e Zeinal Bava também caíram dos seus pedestais. Nem os mais reputados gestores escaparam à queda estrondosa do Grupo Espírito Santo que levou a reboque a Portugal Telecom. Bava, antes símbolo de excelência da PT, tornou-se objeto de piadas na sequência das falhas de memória que apresentou na comissão de inquérito do BES/GES. Depois da saída da PT (agosto de 2014) e da Oi (outubro do mesmo ano) e de ser impedido de concluir a fusão de ambas, regressou a Portugal, onde mantém a casa de família, mas por pouco tempo. Ter um filho a estudar em Londres terá sido o pretexto para se mudar e estar mais próximo dos meandros do mundo financeiro anglo-saxónico, no qual conserva muitos contactos. É lá que o gestor ‘estrangeirado’ como era conhecido quando entrou para a PT em 1999, recém-chegado da City londrina terá a sua nova base profissional.
Uma fonte muito próxima de Bava confirma: “Passa uma parte importante do tempo a viajar, mas a base é Londres.” Move-se na área das telecomunicações, media e internet.
O investimento ruinoso de 897 milhões de euros em papel comercial de uma antiga holding do GES abanou a PT e também custou a carreira a Henrique Granadeiro. Divide os dias entre Lisboa, onde reside, e o Alentejo, onde produz vinho. Aos poucos, vai roubando algum tempo à preparação da sua defesa, a cargo de Nuno Líbano Monteiro (seu cunhado e sócio da sociedade de advogados PLMJ), para retomar contactos e procurar apoios para projetos na área agrícola. Quem assistiu de perto à sua queda, sem honra nem glória, conta que “envelheceu”, “perdeu o porte”, “ficou muito abalado”, “sentiu-se traído”, “foi derrotado”. Recuperará? Nem o próprio acredita. A demissão do cargo de presidente da PT, a par da recusa da Pharol (ex-PT SGPS) em pagar-lhe prémios de gestão, complicaram-lhe a vida financeira, ainda muito alavancada pelo investimento nos vinhos do Monte dos Perdigões, em Reguengos de Monsaraz. Sempre recusou viver sem objetivos, mas sabe que há sonhos agora impossíveis de cumprir. Em 2010, numa entrevista ao Jornal de Negócios, admitia que “no domínio das probabilidades, talvez” tenha sonhado ser Presidente da República.
OS CAÍDOS DA BANCA
Entre os banqueiros, já se contam pelos dedos os que ainda não foram atingidos por escândalos financeiros. Ricardo Salgado, no topo da lista dos que perderam a notoriedade, leva uma vida cada vez mais reservada e solitária. A imagem do antigo “Dono Disto Tudo” simplesmente esfumou-se. Os que ainda o visitam e acompanham está proibido, por ordem judicial, de contactar antigos administradores do BES, mesmo familiares, e também nomes como Zeinal Brava e Henrique Granadeiro entraram numa espécie de pacto de silêncio: Salgado tem um escritório, onde prepara a sua defesa, mas ninguém revela a morada (já não é o gabinete que possuía no Estoril). É na resposta às primeiras duas acusações do Banco de Portugal que concentra agora as suas forças. Continua a ir à missa aos domingos na capela da família, evita almoços e jantares fora de casa, foge da exposição pública e escolhe a dedo as pessoas com quem se relaciona. Não respondeu às perguntas da VISÃO.
João Rendeiro não esconde dos mais próximos como o afeta aqueles que fingem não o conhecer. “Vinham todos beijar-me a mão.” À VISÃO desdramatiza: houve abandonos mas não dos “fundamentais”. “As amizades por interesses profissionais e de negócios, essas vão com o vento.” O ex-administrador do BPP passa muito tempo a viajar, faz consultoria estratégica e financeira a clientes internacionais, e não esconde ter hoje disponibilidade para aproveitar essas viagens para outros fins: continua a visitar feiras de arte. Poucos saberão é que alguns posts com que alimenta o seu blogue Arma Crítica são resultado desses trabalhos de consultoria, como o que escreveu sobre o risco político de Angola. Não confirma se é também o caso de um post com um título sugestivo: O BANIF e as pilhagens do século XXI. Foi absolvido de burla no caso da Privado Financeiras, veículo do BPP, mas não pode respirar de alívio: o MP recorreu para a Relação e há processos que ainda não chegaram a julgamento. Sobre se teve dificuldades em arranjar trabalho, não confirma nem desmente: “Tive um sócio que usava uma expressão engraçada. Dizia ‘vou inventar trabalho’. O trabalho também depende dessa capacidade.”
Jardim Gonçalves é uma exceção. Ninguém o ouvirá queixar-se de que lhe viraram as costas. Porque, na verdade, ninguém o fez, nem mesmo no pico do processo BCP. “No lançamento da sua biografia, estava lá o poder do mundo”, recorda um amigo. Aquele que foi um dos maiores banqueiros, e que em 2007 foi impedido de exercer atividade financeira, manteve os apoios de ex-presidentes da República a figuras do Opus Dei. Fez recentemente 80 anos junto de Assunção, sua mulher, dos cinco filhos e 23 netos. Lançou um vinho, a que chamou “Infinitude”, e está ligado a uma empresa de médicos ao domicílio. A sua rotina é a mesma: cuida da mulher, que está doente, segue para o escritório nas Amoreiras, para almoçar num dos seus restaurantes preferidos, como O Madeirense e o Il Gattopardo. A última coisa que se pode esperar dele, recorda outro amigo, é que se sente no sofá. Em novembro, quando Luís Osório, autor da sua biografia autorizada, quis saber o que fez nos anos passados fora do BCP, respondeu: “Fui-me ocupando, pensando, resistindo, escrevendo.”
Embora também esteja inibido de exercer no setor financeiro, Filipe Pinhal, número dois de Jardim Gonçalves e sucessor, durante escassos meses, de Paulo Teixeira Pinto no BCP, optou por manter-se no mundo dos negócios. Fundou uma empresa com os filhos para comprar e recuperar imóveis de prestígio, ao mesmo tempo que começou a atuar como mediador dos bancos na venda de casas a chineses em troca de um “visto dourado”. É sócio e administrador da Escola Internacional St. Dominic’s, em Carcavelos, e deu a cara pelos reformados indignados assim que o Governo de Passos Coelho começou a cortar as pensões mais elevadas.
Do lado do julgamento do processo principal do caso BPN, grande novidade seria Oliveira e Costa pedir para prestar declarações, ao cabo de cinco anos de audiências, à imagem do que estão agora a fazer Luís Caprichoso e Vaz de Mascarenhas, ex-gestores que acompanharam de perto a ruinosa administração do antigo banqueiro. “Não o vejo com saúde nem ânimo para isso”, diz um dos advogados envolvidos, que prevê para abril o início das alegações finais neste megajulgamento.
O Ministério Público pede uma indemnização a favor do Estado, a pagar solidariamente pelos 15 acusados, superior a 500 milhões de euros. Mas a verba de facto arrecadada, até ver, é de apenas um milhão quantia cativada pelo tribunal e proveniente de uma off shore do BPN. A Parvalorem (empresa-veículo que gere os ativos tóxicos daquele banco) reclamou uma dívida de 12 milhões a Oliveira e Costa, agora com 80 anos, conformando-se, depois, com a recuperação de um milhão. Mais não tinha para dar, jurou o ex-banqueiro.
Eis algo que une todos estes ex-poderosos, agora caídos em desgraça: mesmo nos piores momentos, as suas dificuldades nunca poderão comparar-se às nossas, comuns mortais.
* com Clara Teixeira, J.Plácido Júnior e Sónia Sapage