“A criação de condições para um envelhecimento ativo, através de mecanismos que flexibilizem a entrada na reforma, com preocupações de suavizar a travessia entre a vida ativa e a etapa da reforma”, é um dos princípios pontos defendidos no documento hoje apresentado em Lisboa pelo líder do CDS, Paulo Portas, e pelo líder do PSD, Pedro Passos Coelho.
Mas, no documento, vai-se mais longe e exemplifica-se como é que pode vir a ser feita essa repartição ao prometer que “será criado um mecanismo que permita moldar o ritmo da reforma pela combinação de soluções de reforma parcial e de reforma gradual – por exemplo, 25%, 50% e 75% – introduzindo liberdade de escolha na esfera da decisão individual e coletiva e flexibilidade no mercado de trabalho.”
Trabalho para lá dos 70 para quem quiser
O programa eleitoral da coligação Portugal à Frente propõe ainda que os trabalhadores da função pública possam trabalhar, se o desejarem, para lá dos 70 anos, tal como acontece no setor privado.
De forma a facilitar o prolongamento da vida laboral “de forma voluntária”, a coligação propõe “equiparar o regime do setor privado, em que é permitido a quem o pretender, continuar a trabalhar depois dos 70 anos, ao sector público, onde esta possibilidade está totalmente vedada”, lê-se no documento.