O ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, esteve a ser ouvido pelo juiz Carlos Alexandre, no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.
Ricardo Salgado fica obrigado “a permanência na habitação, de onde só pode sair com autorização do juiz”, disse o seu advogado, à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa.
Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), Ricardo Salgado esteve a ser ouvido “no âmbito das investigações do denominado ‘Universo Espírito Santo'”.
O antigo banqueiro que esteve a ser inquirido no Tribunal de Instrução Criminal, já tinha sido interrogado e constituído arguido pelo Ministério Público na segunda-feira, no âmbito da investigação “Universo Espírito Santo”, segunda uma nota da PGR.
O ex-presidente do BES encontra-se proibido de contactar os restantes arguidos das investigações relacionadas com o “Universo Espírito Santo”, informou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
“O arguido foi indiciado por factos suscetíveis de integrarem os crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no setor privado”, refere a PGR em comunicado.
A Procuradoria-Geral da República esclarece que, na sequência do interrogatório, o Ministério Público apresentou um requerimento para que o ex-presidente do BES fosse presente ao Tribunal Central de Instrução Criminal, tendo em vista a aplicação de uma medida de coação diversa do termo de identidade e residência.
As investigações que decorrem no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) no âmbito do denominado “Universo Espírito Santo” já levaram à constituição de seis arguidos, decorrendo cinco inquéritos autónomos e 73 apensos.