Segundo um despacho do Ministério da Educação publicado hoje em Diário da República foi marcada para 22 julho a prova de avaliação para os professores que não fizeram o exame em dezembro.
O despacho prevê que os professores que, “comprovadamente por motivos alheios à sua vontade, se viram impedidos” de realizar a prova no dia 18 de dezembro, o possam fazer no dia 22 de julho.
“A prova realiza-se assim após o último dia de exames nacionais do ensino secundário, de modo a não interferir com os exames nacionais”, adianta o Ministério da Educação em comunicado.
O ME sublinha que a prova será realizada a tempo dos concursos de selecção e recrutamento de professores para o ano lectivo de 2014/2015.
A 18 de dezembro, quase metade dos professores inscritos para fazer a Prova de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos (PACC)- imposta pelo Ministério da Educação aos docentes com menos de cinco anos de serviço -, terão falhado o exame em consequência de uma greve de professores e de protestos e incidentes junto a várias escolas onde estava a ser realizada.
A Fenprof calculou na altura em seis mil o número de professores que não terão realizado a prova.
Segundo o Ministério da Educação, apesar da greve, “a prova realizou-se em salas para as quais tinham sido atribuídas mais de 70 por cento dos candidatos”, adiantando que essas provas já estão classificadas.
A prova foi instituída em 2007, durante a governação socialista de José Sócrates, mas nunca avançou devido à forte contestação dos sindicatos.
O exame constava do programa de Governo de Pedro Passos Coelho, tendo sido assumido como uma prioridade do ministro Nuno Crato.
Em setembro de 2013, foi aprovada em Conselho de Ministros e, em 18 de dezembro do mesmo ano, a sua componente comum foi realizada em escolas por todo o país, num dia marcado pela forte contestação dos professores a um exame que consideram injusto e destinado a retirar docentes do sistema.
Logo nesse dia, em entrevista à RTP, o ministro da Educação, Nuno Crato, garantiu que haveria uma nova oportunidade para os professores fazerem a prova, apontando como data provável janeiro de 2014.
O processo arrastou-se até abril nos tribunais, onde se decidiram várias providências cautelares apresentadas pelos sindicatos.