“Recorda-se que, em Portugal, o desemprego real atinge 700 000 desempregados e a projeção mais recente aponta para 13% de desemprego em 2013”, lia-se na página 38 do programa eleitoral laranja. Seguiam-se vários parágrafos justificando, com esses números, a necessidade de modernização das relações laborais e a consequente redução do valor do trabalho. Resultado: no primeiro trimestre de 2014, a taxa de desemprego situou-se em 15,1%, depois de um máximo de 17,7%, registado em 2013, e tornou-se num dos problemas mais graves da legislatura. A redução dos vencimentos nos setores público e privado e a mudança das regras das indemnizações ainda não tiveram os efeitos anunciados.