“Dentro de pouco mais de dois meses vamos encerrar o programa de ajustamento que negociamos com as entidades internacionais, que nos concederam um empréstimo para Portugal ultrapassar uma situação muito difícil em que se encontrava em 2011 e isso tem sido duro para os portugueses, tem sido mesmo mais duro que do aquilo que inicialmente se antecipava”, admitiu.
O chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, falava durante um encontro com jovens portugueses residentes na região da Baía de São Francisco, nos Estados Unidos da América, cidade onde chegou na terça-feira à tarde.
Contudo, acrescentou, se não fosse o acordo firmado com as instituições internacionais, a economia portuguesa teria “entrado em colapso”.
“Agora estamos a chegar ao fim, no dia 17 de maio”, insistiu, realçando que, tal como é tradição histórica, os compromissos assumidos por Portugal “vão ser quase integralmente cumpridos” e a economia portuguesa sofreu uma forte transformação nos últimos três anos.
É pois, continuou o chefe de Estado, altura de olhar para o futuro, para o ‘pós-troika’, consolidar o crescimento económico que se tem vindo a registar desde o segundo trimestre de 2013, pois isso é fundamental para reforçar o clima de confiança e recuperar o investimento.
Nesse sentido, Cavaco Silva aproveitou a oportunidade de estar perante cerca de 60 jovens portugueses das áreas da Tecnologia e da Inovação e pediu-lhe para que ajudem a projetar a imagem de Portugal.
“Contamos que ajudem a projetar a imagem de Portugal, a credibilidade de Portugal e para isso convém tentar obter o máximo de informação sobre como as coisas vão evoluindo no nosso país, porque nem sempre a imprensa internacional é generosa para com Portugal e aquilo que difunde algumas vezes não corresponde à realidade do país”, disse.