“Num Estado de direito há regras que devem ser observadas e limites que não podem ser ultrapassados. Os agentes de segurança são os primeiros a reconhecer que é mesmo assim. O que ontem sucedeu é, por isso mesmo, uma exceção, não voltará a repetir-se”, afirmou Miguel Macedo, em conferência de imprensa, no Ministério da Administração Interna.
Milhares de polícias manifestaram-se na quinta-feira em Lisboa e, depois de derrubarem uma barreira policial, conseguiram chegar à entrada principal da Assembleia da República, onde cantaram o hino nacional e depois desmobilizaram voluntariamente.
Também o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que o que se passou na quinta-feira, na escadaria da Assembleia da República, “não devia ter acontecido”.
“Todas as manifestações que legitimamente expressam a vontade daqueles que se querem manifestar dentro das condições e regras democráticas, não deviam ficar ensombradas pelo facto de manifestantes, que pertencem a forças de segurança, terem quebrado as regras”, afirmou.
Para o chefe do Governo, a invasão da escadaria do parlamento pelos manifestantes “não é um bom indicador da própria autoridade das forças de segurança” e os acontecimentos “devem servir para, com as próprias forças de segurança, dar uma consequência àquilo que se passou para que não haja um enfraquecimento no cumprimento do seu dever”.