Reformados, pensionistas, idosos dos setores público e privado e professores aposentados associaram-se esta quarta-fgeira à Jornada Nacional de Luta dos Aposentados, para se manifestarem contra as políticas do Governo, no Rossio, em Lisboa.
Organizada pela Comissão Nacional dos Aposentados da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, a manifestação realizou-se a partir das 14.30 horas e a Associação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos MURPI concentrou-se no Largo do Chiado meia hora antes, para descer em direção ao Rossio.
“Os reformados e pensionistas e idosos dos setores público e privado têm sentido um constante agravamento das suas condições de vida e das respectivas famílias em resultado das políticas do Governo PSD/CDS. Tudo serve para lhes retirar direitos sociais: os cortes drásticos nas pensões, o aumento de impostos e de taxas, o aumento das taxas moderadoras, o aumento do custo de vida, dos bens essenciais e dos transportes”, refere em comunicado a associação, que exige “aumento de 3,7 por cento em todas as pensões”.
No documento, considera-se que à “situação já insustentável o Governo acrescenta agora novas medidas, agravando ainda mais as condições socioeconómicas de muitos pensionistas e reformados, através de mais um corte de 10 por cento na Administração Pública, nas pensões de aposentação (a partir de 600 euros) e de invalidez, de sobrevivência e de sangue (a partir de 419 euros)”.
“Estas medidas, inaceitáveis, vêm acompanhadas de alterações à Lei de Bases da Segurança Social, que visam aumentar a idade da reforma nos sectores público e privado e reduzir as pensões futuras desses trabalhadores. O Governo prepara-se para degradar as pensões dos aposentados, com medidas ilegais, injustas e inconstitucionais”, refere-se no comunicado.
A Fenprof juntou-se ao protesto com professores aposentados que se manifestaram no Rossio e esta quinta-feira farão o mesmo com um “mural do desemprego e da precariedade”, no Porto.