VEJA O VÍDEO NO FINAL DO TEXTO
Algumas dezenas de pessoas concentraram-se nas imediações do comício do PS em Faro, no Largo da Pontinha, em protesto contra a política do Governo, designadamente a cobrança de portagens na Via do Infante, a A22.
Enquanto discursou o primeiro orador do comício, o líder do PS/Faro, Miguel Freitas, ouviu-se do exterior um coro de assobios, mesmo quando este dirigente procurou atribuir a responsabilidade ao PSD pela decisão de se começar a cobrar portagens na Via do Infante.
Os manifestantes traziam faixas onde se podia ler “portagens na A22 não”, “auditorias às contas públicas já” ou “estamos fartos de ser roubados”.
A PSP fez uma detenção e identificou alguns membros do grupo. Ainda antes de o secretário-geral do PS, José Sócrates, abandonar o Largo da Pontinha, os agentes da polícia começaram a identificar alguns dos elementos que empunhavam cartazes e que assobiavam em reação aos discursos dos oradores.
Quando José Sócrates entrou no carro para deixar Faro, centenas de apoiantes socialistas rodearam o seu líder a gritar “PS, PS”.
Miguel Freitas considera que os manifestantes anti-Governo “insultaram e provocaram” as pessoas que se juntaram no comício socialista.
“Registaram-se acontecimentos reprováveis durante o comício do PS. Houve uma dezena de pessoas que se manifestaram e, mais do que isso, interferiram no comício do PS com provocações e insultos”, acusou o deputado socialista.
Para José Sócrates, a manifestação realizada à porta do seu comício foi própria de pessoas que “não sabem o que é a democracia, nem o direito de manifestação por parte dos partidos”.