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A operação desta madrugada reforça as suspeitas de que a ETA tem bases de apoio em Portugal.
A casa, situada em Casal da Avarela, Óbidos, estava alugada a duas pessoas. A proprietária do terreno terá alertado as autoridades ao verificar que a vivenda estava fechada há vários dias.
O jornal espanhol El Mundo avança o nome de dois presumíveis etarras, suspeitos de terem estado naquela moradia há cerca de uma semana. Desde 2006 que Oier Mielgo e Andoni Fernández são procurados pela polícia espanhola.
As autoridades desconfiam que tenham sido estes homens a abandonar uma carrinha com material explosivo perto de Óbidos, no dia 1 de Fevereiro.
Este episódio reforçou as suspeitas sobre a existência de células da ETA em Portugal.
Tal como a VISÃO noticiou, essa já era a convicção da polícia, quando foram detidos em Moncorvo, no início de Janeiro, os etarras Garikoitz García Arrieta e Iratxe Ortiz de Barrón. Na carrinha conduzida por Arrieta encontravam-se 10 quilos de explosivos, três armas de fogo e um conjunto de matrículas francesas.
Em Junho de 2007, as autoridades descobriram ainda um carro abandonado em Ayamonte, uma localidade encostada à fronteira com o Algarve. O Fiat tinha sido alugado em Quarteira e transportava 115 quilos de nitrato de amónio e detonadores.
Em Agosto desse ano, um grupo de etarras usou um veículo com matrícula portuguesa para executar um atentado à bomba ao quartel da Guardia Civil de Durango.
É este conjunto de casos que leva a polícia portuguesa a acreditar que a ETA possui uma ou mais bases de apoio em Portugal.
Entretanto, a polícia já foi forçada a alargar o perímetro de segurança em redor da vivenda, devido à grande quantidade de explosivos que foi encontrada.
A operação desta madrugada não teve, ao que a VISÃO apurou, a colaboração das autoridades espanholas, tendo as investigações resultado, em exclusivo, do trabalho da Unidade Nacional Contra-Terrorismo da Polícia Judiciária, dos serviços de informações portugueses e da GNR.