De acordo com o jornal Público desta quarta-feira, as suspeitas de Belém não dizem apenas respeito à alegada intervenção de assessores de Cavaco Silva na redacção do programa eleitoral do PSD, denunciada pelo PS, mas começaram há cerca de um ano e meio.
Tudo terá começado durante uma visita do Presidente da República à Madeira, em cuja comitiva foi incluído um adjunto de José Sócrates, Rui Paulo Figueiredo, quando no grupo até já se encontrava o número dois Governo, o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira.
O comportamento de Rui Paulo Figueiredo terá também originado algum desconforto. Segundo o Público, o adjunto de Sócrates “ter-se-á sentado, sem ser convidado, na mesa de outros membros da comitiva, violando as regras protocolares.”
“Ao mesmo tempo, terá multiplicado os contactos e as trocas de informação com alguns jornalistas do continente que se deslocaram à Madeira”, acrescenta o diário, que avança ainda que “na altura houve quem considerasse que o adjunto de Sócrates se comportava como se quisesse escutar conversas para que não fora convidado”.