O número de empresas que decidem abandonar o mercado russo aumenta de dia para dia. As medidas punitivas são distintas de empresa para empresa, mas todas procuram ‘castigar’ a operação militar em curso.
Apple
“Estamos profundamente preocupados com a invasão russa da Ucrânia e estamos do lado de todas as pessoas que estão a sofrer como resultado desta violência”, disse a Apple, em comunicado, citado pela Reuters. A empresa deixou de vender os seus produtos na Rússia e afirma que estava a fazer alterações na aplicação Apple Maps para proteger a segurança dos ucranianos.
Meta (Facebook e Instagram)
As plataformas do grupo Meta (Facebook e Instagram) anunciaram que vão passar a despromover o conteúdo publicado por órgãos de comunicação social russos, de forma a reduzir-lhes o alcance. Também as publicações feitas por utilizadores individuais e que contenham ligações para estes órgãos vão passar a ter menos destaque.
Youtube
A decisão foi confirmada pela plataforma num email enviado e citado pela agência France Presse (AFP). “Estamos a bloquear os canais RT e Sputnik do YouTube em toda a Europa, com efeito imediato”, refere a plataforma, garantindo que as suas equipas estão “a monitorizar 24 horas por dia para atuar o mais rapidamente possível” neste sentido.
Spotify
A empresa decidiu fechar o escritório que tem na Rússia por “tempo indeterminado” devido ao ataque russo à Ucrânia. “A nossa prioridade nas últimas semanas tem sido a segurança dos nossos empregados e assegurar que o Spotify continua a funcionar como uma relevante fonte de notícias globais e regionais, num tempo em que o acesso à informação é mais importante do que nunca”, explicou a empresa.
Nike
A Nike suspendeu a venda dos seus produtos no site e na aplicação na Rússia. A iniciativa da marca é fruto da impossibilidade de não pode garantir a entrega de mercadorias para os clientes no país. Desta maneira, classificou como “indisponível” as suas peças.
Ikea
A Ikea também anunciou a suspensão temporária da sua atividade na Rússia e na Bielorrússia, impactando 15 mil trabalhadores. “A guerra já teve um impacto humano enorme. Está também a resultar numa grave perturbação da cadeia de distribuição e nas condições para o comércio. Por todas estas razões, os grupos da empresa decidiram suspender temporariamente as operações da Ikea na Rússia”, refere o grupo em comunicado.
Visa e Mastarcard
A Visa e a Mastarcard afirmaram que bloquearam várias instituições financeiras russas da sua rede, cumprindo as sanções do governo impostas pela invasão da Ucrânia por Moscou. Ambas prometeram contribuir com 2 milhões de dólares.
Adidas
A Adidas suspendeu a parceria que mantém com a Federação Russa de Futebol, na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia, informou um porta-voz da empresa de equipamentos desportivos alemã, citado pela AFP. A empresa em 2020 obteve 2.9% da sua faturação nos mercados de leste, entre os quais Rússia e Ucrânia.
Lego
“Suspendemos o transporte dos nossos produtos para a Rússia, devido ao efeito das sanções e ao ambiente imprevisível de operação”, informou a empresa dinamarquesa, em comunicado citado pela agência noticiosa EFE.
Disney, WarnerMedia, Sony Pictures e Paramount Pictures
Várias empresas ligadas ao entretenimento suspenderam os lançamentos dos seus filmes na Rússia. A Disney adiou a estreia do novo filme da Pixar, “Turning Red”. “Tomaremos futuras decisões de negócios com base no desenrolar da situação”, disse a empresa em comunicado. A Disney acrescentou que também trabalharia com organizações humanitárias internacionais para fornecer ajuda aos refugiados.
Também a WarnerMedia disse que atrasaria o lançamento de “Batman”. No mesmo sentido a Sony Pictures disse que suspendeu o filme “Morbius”, um spin-off do Homem-Aranha, e a Paramount Pictures disse que atrasaria as estreias dos filmes “A Cidade Perdida” e “Sonic 2”.
Volkswagen
A Volkswagen, que tem 4800 funcionários na Rússia, indicou que “devido à ofensiva russa, a direção do consórcio decidiu interromper a produção de automóveis na Rússia até novo aviso”. As exportações do maior fabricante automóvel europeu para a Federação Russa também vão parar.
BWM
A empresa BMW garantiu que já interrompeu a exportação de automóveis para a Rússia e que vai também suspender a produção no país, avança a agência Reuters.
Ford
O CEO da Ford, Jim Farley, escreveu na rede social Twitter que interrompeu todas as operações em solo russo. Além disto, o presidente da fabricante norte-americana garantiu ainda que a empresa vai doar 100 mil dólares ao Fundo Humanitário Ucraniano.
Volvo
Através de um comunicado partilhado pela Reuters, a Volvo referiu que tomou esta decisão devido aos “riscos potenciais associados às trocas comerciais com a Rússia, incluindo as sanções impostas pela UE e pelos EUA”. Esta decisão não terá um prazo de validade definido. “A Volvo Cars não enviará nenhum carro para o mercado russo até novo comunicado”, afirma a marca.
Renault
A empresa Renault informou que vai suspender temporariamente as operações da sua fábrica de produção de automóveis em Moscovo na próxima semana, devido à “mudança forçada nas rotas logísticas existentes” que estão a causar a escassez de componentes.
Jaguar Land Rover
Também a empresa Jaguar suspendeu as entregas em território russo. “A primeira prioridade da Jaguar Land Rover é o bem-estar de toda a nossa força de trabalho e as suas famílias”, disse um porta-voz da JLR à publicação Carscoops. “O atual contexto global também nos apresenta desafios comerciais, por isso estamos a parar a entrega de veículos no mercado russo e avaliando continuamente a situação.”
Toyota
A Toyota Motor anunciou que a produção na fábrica em São Petersburgo vai ser suspensa, bem como a importação de veículos “devido a perturbações na cadeia de abastecimento”. O fabricante esclareceu que as restantes operações de produção e venda no resto da Europa “não vão ser afetadas”.
Galp
“A Galp repudia a agressão russa contra o povo da Ucrânia”, lê-se num comunicado da empresa. E “por isso, vai suspender quaisquer novas aquisições de produtos petrolíferos provenientes, quer da Rússia, quer de empresas russas”. A Presidente da Galp, Paula Amorim, considera que “este terrível ato de agressão da Rússia contra a Ucrânia viola em absoluto os valores que a Galp defende, como a Liberdade e os Direitos Humanos”.
Prio
Na passada sexta-feira, a Prio já tinha anunciado a decisão: “A partir de hoje de manhã e até estabilização da situação no terreno, a Prio deixou de considerar como parte dos seus fornecedores e de adquirir quaisquer produtos a empresas russas ou diretamente relacionadas, como fazia no passado”.
Shell
O grupo petrolífero Shell anunciou que vai abandonar a sua participação em vários projetos conjuntos com o grupo russo Gazprom na Rússia. “A nossa decisão de partir foi tomada com convicção”, assegurou o diretor-geral da Shell, Ben van Beurden, num comunicado enviado à bolsa de Londres.