Nevada (urnas fecham às 22h / 3h em Lisboa)
Desde 2004 que o Nevada vota maioritariamente no Partido Democrata. No entanto, em 2024, a economia estadual tem estado particularmente difícil para as famílias de rendimentos médios e baixos, com Trump bem colocado, nomeadamente, entre os eleitores hispânicos. No estado que é a meca do jogo, não só a inflação é superior à média nacional como a taxa de desemprego é a mais elevada de todos os estados norte-americanos.
Carolina do Norte (urnas fecham às 19h30 / 00h30 em Lisboa)
Barack Obama continua com a coroa de glória de, em 2008, ter ganhado o estado da Carolina do Norte, que vale 16 votos. Desde então, nenhum democrata o conseguiu. Em 2024, as sondagens são favoráveis a Kamala Harris, graças às áreas metropolitanas de Charlotte e Greensboro e às cidades universitárias que constituem o Research Triangle: Raleigh, Durham e Chapel Hill. A grande interrogação está nos eventuais efeitos do furacão Helene.
Geórgia (urnas fecham às 19h / 00h em Lisboa)
Em 2020, Joe Biden conseguiu o feito de ser o primeiro democrata a vencer a Geórgia, desde a vitória de Bill Clinton, em 1992. Fê-lo com o apoio dos eleitores dos subúrbios de Atlanta (que costumavam votar no Partido Republicano), Savannah e Augusta. Os restantes eleitores do estado da Geórgia permanecem, porém, extremamente conservadores. Trump tentou apostar, em particular, no argumento económico junto da população negra.
Michigan (urnas fecham às 20h / 1h em Lisboa)
É o centro da indústria automóvel americana e, como tal, um dos estados decisivos: em 2020, Biden venceu o Michigan por uma unha negra. Os subúrbios ricos à volta de Detroit e de Grand Rapids vão ser fundamentais e, por isso, tanto Trump como Harris têm concentrado aqui as suas campanhas: os democratas apoiam os veículos elétricos, os republicanos chamam a atenção para os efeitos do combate às alterações climáticas no emprego. Israel e a guerra em Gaza podem vir a influenciar o eleitorado islâmico e prejudicar a atual vice-presidente.
Arizona (urnas fecham às 21h / 2h em Lisboa)
Outro dos estados que, em 2020, Joe Biden conseguiu conquistar para o lado democrata. Tudo permanece, porém, em aberto: os republicanos têm vindo a ganhar terreno no eleitorado latino e, neste aspeto, o condado de Maricopa, que inclui Phoenix e respetivos subúrbios, deverá ser crucial. Como o Arizona é o único estado decisivo a fazer fronteira com o México, também tem estado na linha da frente do debate sobre “o” tema desta campanha eleitoral, a imigração.
Pensilvânia (urnas fecham às 20h / 1h em Lisboa)
É na Pensilvânia que, muito provavelmente, tudo vai decidir-se em 2024. Os democratas venceram nas eleições de 1992, 2012 e 2020, mas em 2016 foi aqui que Donald Trump quebrou a chamada blue wall. Nas últimas semanas, os republicanos têm conseguido ganhar a batalha do recenseamento.
Wisconsin (urnas fecham às 21h / 2h em Lisboa)
É onde a clivagem ideológica se tem revelado de forma mais evidente: de tal maneira que, em 2020, teve a maior participação eleitoral do conjunto dos estados decisivos. Harris pode vir a beneficiar da forte tradição sindical, mas para ganhar também precisa dos estudantes universitários e dos funcionários públicos de Madison.
LEIA TAMBÉM:
Alta ansiedade na América
Preparados para o caos?
Impactos geopolíticos
T de tarifa, T de tensão
Entre a liderança transacional de Trump e a liderança “mainstream” de Harris