Perante o Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra, Suíça, Volker Turk explicou que o seu gabinete recolheu testemunhos de 174 prisioneiros de guerra ucranianos desde março de 2023 e que “quase todos deram relatos credíveis e detalhados de tortura ou maus-tratos” durante o cativeiro, afirmou, citado pela agência espanhola EFE. No mesmo período, dos 203 prisioneiros de guerra russos na Ucrânia, cerca de metade relataram também tortura e maus-tratos. Dez dos prisioneiros de guerra russos relataram violência sexual.
No caso dos detidos russos na Ucrânia, os maus-tratos ocorreram nas fases iniciais do cativeiro, normalmente em trânsito para centros de detenção onde essas práticas cessaram, adiantou Turk. Já os detidos ucranianos foram vítimas de tortura em todas as fases da detenção, afirmou o chefe dos direitos humanos das Nações Unidas.