Hunter Biden, 54 anos, filho do presidente dos EUA Joe Biden, foi declarado culpado, esta terça-feira, de três crimes, depois de ter, alegadamente, mentido sobre o uso de drogas quando comprou uma arma de fogo – uma Colt Cobra – em outubro de 2018, período em que reconheceu estar a lutar contra o vício do crack. As leis norte-americanas proíbem a posse de armas por toxicodependentes.
Esta é a primeira vez na história dos Estados Unidos que o filho de um presidente em exercício de funções enfrenta um julgamento e em causa pode estar uma pena de até 25 anos de prisão, embora não seja esperada a aplicação da pena máxima, já que Hunter Biden tem um histórico de consumo de drogas conhecido nos EUA, mas não foi condenado por nenhum crime até à data.
Na altura da compra da arma, Hunter Biden, que se declarou inocente, estava, alegadamente, em depressão – após ter-se divorciado de Kathleen Buhle – e ainda a lutar contra o vício do álcool e das drogas – que se agravou após a morte do seu irmão, Beau Biden, em 2015, devido a um tumor cerebral. Este acabou por ficar com a arma em causa durante 11 dias, até a esposa do irmão a ter encontrado e deitado no lixo.
Além da violação da lei federal que impede os toxicodependentes de possuírem uma arma, Hunter Biden foi ainda considerado culpado de outros dois crimes, ligados à compra propriamente dita, com o filho do Presidente norte-americano a ser acusado de mentir nos formulários que fazem parte do processo de aquisição.
O filho do presidente enfrenta um outro julgamento, no qual é acusado de ter numa alegada avultada fuga aos impostos (de 1,4 milhões de dólares) no Estado da Califórnia.