O Presidente russo, Vladimir Putin, de 71 anos e no poder desde 2000, tomou esta terça-feira posse no Kremlin, em Moscovo, para um quinto mandato de seis anos à frente da Rússia. A cerimónia oficial aconteceu às 10h de Lisboa, no Salão Andreyevsky do Grande Palácio do Kremlin.
Antes do seu discurso de tomada de posse e de se ouvir o hino do país, o presidente russo pronunciou o Juramento Solene do Presidente, garantindo que iria “cumprir a Constituição” e manter “a soberania” do país, e comprometendo-se ainda “a defender o povo com lealdade”.
“Neste texto concentra-se a essência do destino do chefe de Estado: proteger a Rússia e servir o nosso povo”, começou por referir, acrescentando que “é isso que tem dominado o conteúdo e o sentido” do seu trabalho “nos anos anteriores”.
Depois de agradecer o apoio do povo russo, abordou a importância de defender os interesses nacionais, inclusive durante este “momento difícil”, mas não mencionou diretamente a guerra na Ucrânia. O chefe de estado garantiu ainda que o país estará “mais forte” depois deste período turbulento e afirmou que não recusa “o diálogo com o Ocidente”, com os “países que querem ser parceiros” da Rússia.
“Devemos garantir o desenvolvimento seguro do nosso país”, referiu, insistindo na ideia de “união e serviço à pátria”. “No futuro, os interesses e a segurança do povo da Rússia continuarão a estar acima de tudo”, garantiu ainda, referindo-se ao próximo mandato.
Putin pode, devido a uma reforma constitucional realizada em 2020, permanecer no poder até 2030.