O nome Longyearbyen pode não lhe dizer nada, mas há, pelo menos, duas razões para lhe prestar atenção: a capital do arquipélago de Svalbard, na Noruega, é a cidade, com cerca de 2 mil habitantes, é mais a norte do planeta. Mas, geografia à parte, o local tem outra particularidade: ali é “proibido” morrer. Entre aspas porque a proibição não é, obviamente, em relação à morte (qual seria a consequência?…) mas, sim, ao enterro.
Embora a cidade tenha uma pequeno cemitério, não se realizam ali funerais há mais de 80 anos – o frio é de tal modo intenso (as temperaturas chegam aos -46ºC) que impede a decomposição e permite a sobrevivência de agentes patogénicos. Em 1998, um grupo de investigadores desenterrou corpos de vítimas da gripe espanhola de 1918, que matou 100 milhões de pessoas em todo o mundo, e conseguiu recuperar amostras do Influenza.
Para salvaguardar a saúde dos residentes e, numa hipótese extrema, acordar uma pandemia, independentemente do tempo que a pessoa viveu na cidade, ninguém pode ser enterrado no cemitério de Longyearbyen. Os mortos, e até mesmo as pessoas prestes a morrer, são levados para o continente.