O CDH exprimiu na resolução “grande preocupação” com as declarações de responsáveis israelitas que “equivalem a um incitamento ao genocídio”, segundo a agência espanhola EFE.
No texto, o CDH criticou, entre outros abusos, “a prática da fome de civis como método de guerra em Gaza”.
Exigiu também a suspensão da venda e transferência de armas para Israel para “evitar novas violações do direito humanitário internacional”.
A resolução foi adotada com 28 votos a favor, seis contra, incluindo Estados Unidos, Alemanha e Argentina, e 13 abstenções, entre as quais França, Índia, Japão e Países Baixos.
O texto foi aprovado no último dia da 55.ª sessão do CDH, que decorreu durante seis semanas em Genebra, na Suíça.
Trata-se da primeira tomada de posição do CDH sobre o conflito que se arrasta desde 07 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel, segundo a agência francesa AFP.
O Conselho dos Direitos Humanos não dispõe de meios vinculativos para impor as suas resoluções.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, condicionou o futuro apoio dos Estados Unidos à guerra de Israel em Gaza à adoção de medidas pelas autoridades israelitas para proteger civis e trabalhadores humanitários.
O aviso foi feito por Biden numa conversa telefónica com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel.
Já hoje, as autoridades israelitas anunciaram que vão permitir temporariamente a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza através do porto de Ashdod e do ponto de passagem de Erez.
O conflito foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.
PNG (ANC/SYL) // APN