Lieberman morreu em Nova Iorque hoje à tarde “após complicações relacionadas com uma queda”, referiu a família, em comunicado.
Formado em direito pela Universidade de Yale, foi primeiro uma autoridade eleita em Connecticut, depois o principal procurador deste Estado norte-americano, antes de conquistar uma cadeira no Senado (câmara alta do Congresso dos EUA) pela primeira vez em 1988, com uma candidatura democrata.
Modesto, muitas vezes sorridente e raramente perdendo a calma, Joe Lieberman era uma voz moderada quando a divisão entre os dois partidos começou a aumentar na década de 1990.
Em 1988, foi o primeiro democrata do Senado a criticar duramente o Presidente Bill Clinton sobre o caso repleto de escândalos com Monica Lewinsky, embora Lieberman não tenha chegado a pedir o seu ‘impeachment’ [destituição].
Esta posição de compromisso levou Al Gore a escolher Lieberman como o seu parceiro na candidatura democrata nas eleições presidenciais de 2000, tornando-o o primeiro judeu a concorrer à vice-presidência.
Esta dupla conquistou o voto popular nacional, mas perdeu a eleição do Colégio Eleitoral, depois do Supremo Tribunal ter decidido a favor dos republicanos após um histórico imbróglio na contagem de votos na Florida.
Nos anos que se seguiram, Joe Lieberman chocou o seu partido ao defender firmemente as guerras de George W. Bush no Iraque e no Afeganistão.
Depois de perder as primárias democratas para a reeleição no seu Estado, Connecticut, em 2006, deixou o partido e concorreu como independente, conseguindo reconquistar a cadeira com a ajuda dos eleitores conservadores.
Joe Lieberman deixou o Congresso em 2013.
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