Os suspeitos são, na maioria, oriundos da cidade de Shachnin, no norte de Israel, um dos epicentros da comunidade árabe israelita.
Todos eles, segundo a acusação, estariam alegadamente envolvidos na compra de armas a agentes do Hamas na Cisjordânia, noticiou a agência espanhola Europa Press.
Um dos detidos também terá mantido contactos com membros do Hamas em Gaza para receber instruções para fabricar explosivos e ordens para recrutar pessoas para a organização.
A polícia israelita disse igualmente que cerca de 20 residentes de Jerusalém Oriental foram detidos nas últimas duas semanas por “incitarem e apoiarem atividades terroristas” através da divulgação de “notícias falsas”.
“Como mostra a experiência passada, há quem queira usar o mês do Ramadão para espalhar rumores e publicar uma versão distorcida da realidade nas redes sociais”, afirmou a polícia num comunicado divulgado pelo jornal Times of Israel.
“Entre eles estão organizações terroristas e elementos que aproveitam esta festividade para espalhar informações falsas sobre a realidade em Jerusalém, a Cidade Velha e, em particular, o Monte do Templo”, acrescentou a polícia.
O Ramadão, o mês sagrado muçulmano de jejum, começa na segunda ou na terça-feira.
Israel declarou guerra ao Hamas depois do ataque do grupo palestiniano em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades.
Desde então, Israel tem em curso uma ofensiva militar de grande escala contra a Faixa de Gaza, que já provocou mais de 31.000 mortos, de acordo com as autoridades do enclave controlado pelo Hamas.
O grupo extremista, que controla Gaza desde 2007, é considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
Desde 2007, os palestinianos vivem sob dois governos rivais, o do Hamas, em Gaza, e o da Autoridade Palestiniana, de Mahmoud Abbas, que detém partes da Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.
Segundo a ONU, cerca de 700.000 colonos vivem em quase três centenas de colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em terras reclamadas pela Palestina.
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