José Ramos-Horta falava em Hera, nos arredores da capital timorense, no âmbito da celebração do 22º aniversário da Componente Naval das F-FDTL.
“Precisamos reforçar a cooperação regional, um fator essencial para enfrentar ameaças marítimas como a pirataria, contrabando, tráfico humano, de armas e drogas”, o chefe de Estado timorense.
Para o Presidente, é também necessário “encorajar” a realização de “exercícios conjuntos” e a partilha de informações para superar a “escassez de recursos”, quer financeiros, quer técnicos e humanos no país.
“É necessário envolver as comunidades em estratégias de segurança marítima como um fator principal de sucesso. Precisamos de criar grupos de vigilância comunitária e campanhas de consciencialização” para garantir a proteção ambiental marinha, disse.
José Ramos-Horta destacou também que a economia azul “representa uma grande potência para Timor-Leste e a componente naval é um ator chave” no trabalho conjunto com autoridades marítimas e agências ambientais para a sua promoção e proteger o património marinho.
O chefe de Estado defendeu a utilização de novas tecnologias, nomeadamente drones e sistemas de monitorização em tempo real via satélite, para segurança marítima e respostas rápidas em casos de emergência no mar.
“Solicitamos o estabelecimento de uma nova iniciativa de cooperação público-privada com nações amigas ou empresas, que possam aproveitar os nossos recursos humanos para criar uma plataforma regional em Timor-Leste para a manutenção e reparação de equipamentos navais”, afirmou.
O Presidente de Timor-Leste disse também que o país está comprometido em garantir que a componente naval das Forças de Defesa “contribua para o desenvolvimento sustentável e para um mar seguro”.
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