“Salvo choques adicionais, as taxas não continuarão a aumentar”, garantiu Lagarde, numa entrevista ao canal de televisão France 2.
“Acredito que atingiram o seu pico”, acrescentou, evitando, no entanto, comprometer-se quanto a datas para possíveis cortes nas taxas de juro diretoras.
“Se vencermos a batalha contra a inflação, ou seja, se tivermos a certeza de que a inflação estará nos 2%, então as taxas começarão a cair”, detalhou a líder do BCE, lembrando o seu objetivo de taxa de inflação de 2%.
“Essa é a lógica”, frisou, embora se recuse a “dar uma data”.
Para combater a inflação elevada, o BCE levou a cabo um ciclo de aperto monetário sem precedentes: dez aumentos consecutivos das taxas entre julho de 2022 e setembro de 2023.
O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor abrandou significativamente desde que a taxa de inflação atingiu um pico de dois dígitos no final de 2022, mas permanece acima da meta do BCE de 2%.
Em dezembro, a inflação na zona euro acelerou ligeiramente para 2,9%, após 2,4% em novembro, um salto que era amplamente esperado.
Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de dezembro, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira deste ano, realiza-se em 25 de janeiro.
A taxa de depósitos do BCE permanece em 4%, o nível mais alto registado desde o lançamento da moeda única em 1999, enquanto a principal taxa de juro de refinanciamento fica em 4,5% e a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez permanece em 4,75%.
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