No caso “Bygmalion”, Sarkozy foi condenado, em 2021, a um ano de prisão por ter ultrapassado o limite máximo legal das despesas de campanha, a pena máxima prevista na lei na altura.
O ex-presidente recorreu imediatamente, denunciando a sentença como “injusta”.
O antigo chefe de Estado, que se apresentou descontraído antes da abertura da audiência do recurso, deverá depor a 23 de novembro.
Ao contrário dos seus coarguidos, Nicolas Sarkozy, de 68 anos, não é suspeito de produzir faturas falsas, concebidas para ocultar a explosão das suas despesas de campanha (quase 43 milhões de euros, quando o limite legal é de 22,5 milhões).
Doze dos antigos responsáveis pela campanha eleitoral da UMP — agora Les Républicains — e da empresa Bygmalion vão ser novamente julgados em Paris.
Os 12 são acusados de serem cúmplices no “financiamento ilegal da campanha”, falsificação, fraude, abuso de confiança e cumplicidade nestes crimes.
O tribunal justificou inicialmente as penas aplicadas em virtude dos “montantes extremamente elevados” e por os atos terem sido cometidos por “profissionais competentes”.
A justiça considerou que o antigo ocupante do Palácio do Eliseu “continuou a organizar reuniões eleitorais”, “solicitando uma reunião por dia”, apesar de “ter sido avisado por escrito” sobre o risco de despesas excessivas.
A defesa de Nicolas Sarkozy argumentou que a ultrapassagem do limite legal já tinha sido sancionada pelo Conselho Constitucional, que rejeitou as suas contas de campanha em 2013 e não podia, por isso, ser novamente julgada.
O antigo chefe de Estado foi também criticado pelo Ministério Público pela sua ausência no julgamento.
Sarkozy só compareceu no dia em que foi interrogado, o que foi visto como o arguido a considerar-se “acima dos outros”.
Em 2025, Nikolas Sarkozy irá a tribunal por acusações de corrupção relacionadas com suspeitas de financiamento líbio da sua anterior campanha presidencial, a vitoriosa de 2007.
Sarkozy recorreu da sua condenação a três anos de prisão, um dos quais não suspenso, num caso de corrupção de um alto magistrado.
No início de outubro foi também acusado numa secção do caso líbio ligado à retratação do intermediário franco-libanês Ziad Takieddine.
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