“O papel de Portugal é aquele que tem sido definido pelo Governo. Participar no grande esforço da diplomacia no sentido de mitigar as consequências terríveis deste conflito, chamando à atenção e alertando para a necessidade de respeitar os civis, de distinguir os civis dos terroristas, do Hamas, neste caso”, afirmou Helena Carreiras.
A ministra da Defesa, que falava aos jornalistas em Viana do Castelo, à margem da cerimónia militar do Dia do Exército, apelou à libertação, pelo grupo islamita palestiniano Hamas, dos reféns israelitas, e à entrega de ajuda humanitária em Gaza, para “evitar a escalada do conflito”.
“Há um conjunto de coisas que podemos e devemos fazer, em articulação com os nossos parceiros internacionais”, adiantou, admitindo não ser uma missão “fácil”.
“Estamos a enfrentar um conflito que terá impactos muito variados e profundos. Não podemos é deixar de fazer o que sentirmos que é possível fazer. Esta é a posição que o Governo português tem assumido para mitigar e proteger os civis, que é o grande objetivo neste momento”, referiu.
O grupo islamita Hamas desencadeou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, matando mais de 1.400 israelitas, sobretudo civis, e sequestrando mais de 200.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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