A morte de Rotem Neumann, uma jovem luso-israelita desaparecida desde dia 7, foi confirmada esta terça-feira. Tomer Neumann, primo da jovem de 25 anos, confirmou à Associated Press (AP) que o corpo foi encontrado e identificado. A descoberta ocorreu três dias depois de Rotem ter sido dado como desaparecida após o ataque executado por combatentes do grupo islâmico Hamas a um festival pela Paz que decorria em Israel, perto da fronteira com a Faixa de Gaza. Rotem contactou os pais quando ouviu disparos no festival, tendo sido aqui a última vez que a família teve informações do seu paradeiro.
O primo da jovem conta à AP o que lhe foi relatado por outras pessoas que se encontraram na mesma situação que a prima e conseguiram escapar. Relata que a jovem luso-israelita conseguiu entrar num carro com amigos e dirigido para norte, com o intuito de procurar refúgio. Contudo, o grupo nunca alcançou o destino pretendido, pois pelo caminho viu-se cercado por camiões do Hamas. Os militares presentes nestas viaturas dispararam em direção ao grupo com metralhadoras, e o grupo viu-se forçado a abandonar o carro e a correr para leste. Conseguiram encontrar abrigo antiaéreo, local de onde a jovem luso-israelita enviou mensagem para um amigo com o intuito de partilhar a sua localização. Contudo a ajuda nunca chegou. Os combatentes do Hamas encontraram o local e atacaram o abrigo, matando quem lá estava refugiado e deixando corpos na área em redor.
Além de Rotem Neumann existe ainda uma outra jovem luso-israelita desaparecida desde o ataque ao festival de dia 7. A última vez que esta cidadã portuguesa de 22 anos falou com a mãe foi na sexta-feira à noite, dando indicações de que no dia seguinte iria estar no festival pela Paz. Sem notícias da filha desde então, a mãe da jovem cidadã portuguesa procurou-a nos hospitais e entre os 260 cadáveres que foram encontrados no local do festival. Contudo, esta mãe não encontrou a filha e continua sem ter qualquer informação do seu paradeiro, o que a faz temer que esteja entre o grupo de reféns levados pelos Hamas.
Recorde-se que, no dia 9, o grupo Hamas ameaçou executar publicamente reféns civis israelitas se Israel continuar a bombardear a Faixa de Gaza sem aviso prévio aos residentes,