“Estar atento é executar, é agir. O executivo tem trabalhado para criar condições que potenciam o desenvolvimento do país, dando também a oportunidade a que o investimento, nacional ou internacional, beneficie plenamente das nossas potencialidades e realizações”, disse Ricardo de Abreu no seu discurso de abertura da Assembleia-Geral da Associação de Companhias Aéreas da África Austral (AASA), que Angola acolhe pela primeira vez, em coorganização com a TAAG – Linhas Aéreas de Angola.
Ricardo de Abreu referiu que Angola identificou os setores críticos para a recuperação económica e social e que são fundamentais para o seu futuro, nos quais se enquadra a aviação, considerada “essencial em virtude da localização geográfica do país, mas também porque é um setor que cria diretamente milhares de empregos qualificados e indiretamente muitos mais”.
Este encontro, em que participam reguladores, fabricantes, provedores de serviços, investidores e representantes de companhias aéreas que compõem a associação, é, segundo Ricardo de Abreu, a plataforma privilegiada de ‘networking’ e de reforço de relações entre os atores da indústria.
“É também, sobretudo este ano, o cenário ideal para que a aviação angolana possa mostrar e promover o país junto da comunidade internacional, dando a conhecer as suas valências, as suas conquistas e partilhando a sua estratégia que envolve todos os participantes deste encontro”, enfatizou.
O governante angolano realçou, na sua intervenção, que 2023 “ficará na história” de Angola, porque este ano o país conclui um dos seus maiores investimentos, “pondo de pé um relevante empreendimento no setor da aviação: o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto”, cuja inauguração acontece no dia 10 de novembro.
“Um investimento sólido e de longo prazo, intergeracional que beneficiará, não só o país, como a economia regional e internacional”, referiu o ministro, sublinhando que o Governo angolano tem objetivos ambiciosos.
“Com os pés no chão e com as asas no ar! Queremos fazer do nosso país um hub de transporte de pessoas, de mercadorias, estimulando as economias regionais e sendo uma plataforma internacional logística de elevado relevo e desempenho”, frisou.
O titular da pasta dos Transportes de Angola garantiu que o novo aeroporto “será uma referência”, e vai assumir-se também “como um dos mais estratégicos corredores logísticos e de passageiros do continente”.
As mais de duas centenas de delegados e decisores da indústria da aviação presentes no encontro têm sobre a mesa a discussão de temas como ambiente concorrencial, conectividade, financiamento, ‘supply chain’, custos operacionais, aspetos regulatórios, crescimento e sustentabilidade das companhias aéreas africanas.
Para o ministro dos Transportes angolanos outro tópico importante são os desafios ecológicos que o setor da aviação enfrenta, frisando que “a indústria está cada dia mais verde, principalmente pelos compromissos assumidos de descarbonização da atividade, criando desafios fundamentais para os atores dos países menos avançados” como grande parte dos membros da AASA.
“O processo da transição tecnológica e digitalização dos serviços e o desafio da mobilidade urbana aérea não tripulada, são temas que hoje preenchem a agenda global e não poderemos ficar para trás”, disse.
Ricardo de Abreu afirmou que, “comprometidos e convictos que a TAAG será uma empresa mais verde e uma companhia aérea confiável e confortável, atenta às evoluções da indústria e aberta à cooperação regional”, podem encontrar na companhia “um bom parceiro para coordenar e concertar estratégias de alcance regional e continental”.
NME // MLL