O pesadelo da russa Ekaterina Belyankino começou em 2009 e só terminou a 31 de julho deste ano, quando o seu sequestrador sofreu um episódio psicótico induzido pelo álcool e, depois da intervenção da sua mãe, acabou por ser internado numa instituição de saúde mental, que terá permitido a fuga de Ekaterina.
Vladimir Chesdikov, de 51 anos, foi acusado de homicídio, violação e rapto e o está agora detido. Quando se apresentou em tribunal pela primeira vez após a sua detenção, negou qualquer ato ilícito e garantiu que a ligação que tinha com Ekaterina Belyankino era “por amor” e “consensual”.
A mãe, Valentina Chesdikov, de 72 anos enfrenta mesmas acusações, como cúmplice do sequestro, segundo o canal de notícias russo 74.ru, ma está a aguardar julgamento em liberdade.
Vladimir Chesdikov conheceu a então adolescente numa estação de autocarro e convidou-a para beber um copo na sua casa, mas, quando a jovem chegou, Vladimir terá alegadamente apontado uma faca, fazendo-a refém.
Ekaterina disse à polícia russa que passou os 14 anos maioritariamente dentro de um quarto fechado a cadeado e com grades nas janelas e que foi violada e espancada regularmente. A “escrava” só podia sair do quarto para tratar das tarefas domésticas da casa e cuidar da mãe do captor, que viva na mesma casa. Sempre que o seu sequestrador saía de casa, segundo o que a vítima contou à polícia russa, era amarrada a uma viga e a sua boca era tapada com fita adesiva.
Depois da fuga de Ekaterina, o Comité de Investigação Russo encontrou na cave da propriedade do homem os restos mortais de uma mulher, a quem, segundo o testemunho de Ekaterina Belyankino, Cheskidov se referia como a sua “esposa”. Terá cabido à mulher agora em liberdade a tarefa de desmembrar e se desfazer do cadáver.