O evento deve reunir 700 pessoas entre os dias 24 e 28 de julho.
“Se nós não cuidarmos da nossa terra e de nossas florestas, se deixarmos desmatar tudo, todos vão sofrer com as mudanças climáticas, com o intenso calor e com a poluição do ar”, alertou Raoni, citado pela imprensa local.
“Faz tempo que eu tenho alertado o mundo, mas é preciso continuar alertando vocês. E é por isso que eu chamo todos vocês, lideranças e autoridades, para juntos firmarmos um compromisso em defesa da Terra”, acrescentou o cacique brasileiro, de 90 anos, que é uma liderança indígena reconhecida internacionalmente.
Entre os convidados que confirmaram presença no evento estão a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana e o presidente e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho.
Segundo os organizadores, o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e a primeira-dama, Janja da Silva, também foram convidados, mas ainda não confirmaram participação no evento.
Além das autoridades governamentais, o encontro também contará com a presença do líder indígena Davi Kopenawa, representante dos povos Yanomami que vivem na fronteira entre Brasil e Venezuela, Francisco Piyãko, líder do povo Ashaninka, Ailton Krenak, líder indígena, filósofo, professor, escritor e poeta e da deputada Célia Xakriabá.
Este será o segundo encontro realizado na história do povo Kayapó no estado brasileiro de Mato Grosso. A primeira edição foi em janeiro de 2020, antes da pandemia de covid-19.
Segundo os ‘media’ locais, os três primeiros dias do encontro serão abertos apenas para as lideranças indígenas convidadas. A agenda pública deve iniciar no dia 24 com apresentações e conversas sobre a defesa territorial e ambiental das terras indígenas, combate às mudanças climáticas e cultura.
CYR // JH