O lançamento, inicialmente previsto para a noite de segunda-feira nos Estados Unidos, foi adiado várias vezes ao longo desta semana devido às más condições climatéricas.
Hoje, um foguetão SpaceX Falcon-9 descolou às 06:48 GMT da base americana de Vandenberg (Califórnia), tendo uma hora depois colocado em órbita várias dezenas de satélites, incluindo o queniano Taifa-1 (“Nação-1”, em língua suaíli).
Concebido e desenvolvido por uma equipa de investigadores quenianos, este satélite deverá fornecer dados nas áreas da agricultura e da monitorização ambiental no Quénia, valiosos para o futuro deste país da África Oriental, que vive atualmente uma seca histórica.
Numa declaração conjunta na semana passada , o Ministério da Defesa do Quénia e a Agência Espacial do Quénia (KSA) anunciaram “um passo importante” que deve dar impulso à “florescente economia espacial do Quénia”.
“Beneficiamos diretamente da exploração espacial, vamos poder melhorar a nossa segurança alimentar”, afirmou o engenheiro da KSA Pattern Odhiambo, que participou no projeto, em declarações à agência francesa de notícias AFP.
Segundo explicou, através das imagens da câmara multiespectral do satélite será possível obter “dados de observação da Terra de alta qualidade, o que ajudará a prever o rendimento das colheitas”.
O Quénia enviou o seu primeiro nanossatélite ao espaço em 2018.
Até 2022, mais de 50 satélites africanos foram enviados para o espaço, de acordo com a Space in Africa, uma empresa nigeriana que rastreia programas espaciais africanos, tendo o Egito sido o primeiro país do continente a fazê-lo, em 1998.
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