Ohemeng-Boanah falava na abertura da nona edição da quinzena dos direitos, uma iniciativa do consórcio Casa dos Direitos, uma plataforma que agrupa várias organizações da sociedade civil guineense, dedicada ao tema “Não há direitos humanos sem liberdade de imprensa e de expressão”.
O diplomata da ONU disse ser importante “fazer valer” o espírito da Declaração dos Direitos Humanos, adotada em 1946, quando o mundo vinha a sair da Segunda Guerra Mundial.
“Na Guiné-Bissau, constatamos, diariamente, situações de desfasamento entre o texto da Declaração dos Direitos Humanos e a realidade, nomeadamente violência contra as mulheres e crianças, onde o acesso à serviços básicos como a Educação e Saúde não são garantidos, onde o sistema de justiça não consegue sempre fazer valer os direitos dos cidadãos prevalecendo a impunidade”, afirmou, no seu discurso de abertura da quinzena.
Durante 15 dias, o consórcio Casa dos Direitos irá promover um conjunto de iniciativas para evocar os ganhos na promoção dos direitos humanos na Guiné-Bissau, mas também referenciar retrocessos e passos a dar, assinalou Gueri Gomes, coordenador da Casa.
Presente na sessão de abertura da quinzena dos direitos, o embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, José Caroço, enalteceu a importância da iniciativa e sublinhou a necessidade de todos trabalharem na promoção dos direitos das pessoas em qualquer parte do mundo.
“É algo que, naturalmente, nos convoca a todos, na sua perspetiva de direitos políticos, direitos sociais, direitos culturais, cada vez mais com novas dimensões. Portugal desde a primeira hora está e estará a apoiar na prossecução e defesa dos direitos humanos”, defendeu o diplomata português.
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