“Uma operação criminosa”. Foi assim que a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, se referiu ao facto de a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Brasil ter fiscalizado, durante este dia, transportes públicos, impedindo várias pessoas de votarem para estas presidenciais, acusou, em declarações aos jornalistas em São Paulo, Brasil. “O que aconteceu hoje é criminoso. É a utilização da PRF com fins eleitorais. Fechar as eleições com uma operação criminosa”, referiu.
Apesar de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter garantido que nenhum eleitor teria sido impedido de votar devido a estas ações de fiscalização, Hoffmann discordou. “Com todo respeito ao TSE, mas não tem como achar que esses eleitores que foram barrados conseguiram chegar às urnas. Essa deve ser uma informação da própria PRF, informação que não confiamos”, acrescentou.
O PT remeteu uma petição para o TSE, pedindo o prolongamento dos horário de votações até às 19h nas zonas em que houve este tipo de constrangimentos.
Depois de a PRF ter realizado ações de fiscalização em autocarros, criando constrangimentos aos eleitores que se encontravam nesses transportes, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, encontrou-se com Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, por ter havido um descumprimento das regras do TSE.
Durante a madrugada de domingo, Silvinei Vasques tinha partilhado nas redes sociais uma mensagem de apoio a Jair Bolsonaro, apesar de ter apagado a publicação, logo de seguida. Além disso, o diretor-geral tinha enviado, também este domingo, um ofício às superintendências da PRF, referindo que o TSE “não impôs qualquer limite ao exercício da regular atividade fiscalizadora da Polícia Rodoviária Federal” e insistindo num “fiel cumprimento” das ações de fiscalização.
Hoffmann já pediu para que, depois das eleições Vasques seja investigado.