“Tomei uma posição e nunca disse isso, mas no momento mais difícil da minha vida, o presidente foi o primeiro a dizer publicamente que estaria ao meu lado”, declarou Neymar no sábado, ao abrir uma ‘superlive’ de 22 horas no YouTube com Bolsonaro.
“Sem nos conhecermos pessoalmente, [Bolsonaro] mostrou carinho e deu o peito e o rosto às balas, acreditando em mim e agora estou a fazer o mesmo”, acrescentou o atacante da seleção brasileira.
Sem especificar a que momento de sua vida se referia, Neymar reafirmou o apoio à candidatura de Bolsonaro, que irá disputar a segunda ronda das eleições com o antigo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 30 de outubro.
Em 2019, Bolsonaro saiu publicamente em defesa de Neymar quando uma modelo brasileira acusou o jogador de a violar num hotel da capital francesa, num caso que foi arquivado por falta de provas.
Na terça-feira, Lula da Silva tinha lançado uma provocação a Neymar.
“Acho que ele tem medo de que, se eu ganhar a eleição, saberei o que Bolsonaro lhe perdoou [sobre] sua renda de dívidas fiscais. Acho que é por isso que ele tem medo de mim”, afirmou, rindo, o antigo presidente.
“É óbvio que Bolsonaro fez um acordo com o pai [de Neymar]”, acrescentou Lula da Silva, referindo-se às decisões favoráveis que o jogador obteve num caso de evasão fiscal no Brasil.
Outras figuras desportivas, como Ronaldinho Gaúcho, Felipe Melo, Rivaldo, Romário, Lucas Moura, Robinho, Renato Gaúcho e o jogador de futsal Falcão já declararam que irão votar em Bolsonaro.
“Com Bolsonaro reeleito e o Brasil campeão todos ficarão felizes. O sentimento de vestir a nossa bandeira e as nossas cores é um orgulho muito grande”, disse Neymar, que prometeu dedicar o primeiro golo no Mundial 2022 no Qatar ao atual presidente.
Bolsonaro agradeceu o apoio e o “exemplo” de Neymar.
A ‘superlive’ de 22 horas, número de urna do Presidente brasileiro, contou ainda com a presença do antigo juiz Sérgio Moro, o governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema, o candidato a governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e pastores evangélicos.
Moro, que promoveu a luta contra a corrupção, eleito senador nas eleições legislativas de 02 de outubro, voltou a apresentar-se como defensor do Presidente brasileiro, que voltou a abraçar após terem lançado publicamente acusações graves um contra o outro.
A presença de pastores evangélicos responde ao apoio intenso que Bolsonaro recebe nesta fação, um grupo que tem vindo a ganhar força no país e que representa atualmente 30% da população brasileira.
Lula da Silva venceu a primeira volta das eleições com 48,4% dos votos e Jair Bolsonaro recebeu 43,2%.
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