As autoridades iranianas bloquearam esta quinta-feira o acesso do povo ao Instagram e ao WhatsApp, depois de seis dias de protestos e após a morte de mais de 30 pessoas, número que deverá ser maior, segundo a organização não-governamental Iran Human Rights (IHR).
“O povo iraniano saiu às ruas para se bater pelos direitos fundamentais e a sua dignidade humana (…) e o Governo respondeu a estas manifestações pacíficas com balas”, comunicou o diretor da ONG, Mahmood Amiry Moghaddam.
As imagens e vídeos que circulam nas redes sociais demonstram a revolta do povo iraniano com a morte de Mahsa Amini, que terá sido a gota de água.
Os protestos em várias cidades do país, onde as mulheres queimam os hijabs e cortam o cabelo, são os mais intensos desde 2019, quando foi contestada a subida do preço da gasolina.
As autoridades iranianas negaram qualquer envolvimento das forças de segurança nas mortes dos manifestantes. Mahsa Amini, de 22 anos e originária do Curdistão (noroeste), foi detida pela polícia da moralidade a 13 de setembro em Teerão, por “vestir roupas inadequadas”.