O marinheiro Ryan Sawyer Mays, de 21 anos, é acusado de ter ateado o incêndio no USS Bonhomme Richard, um navio de guerra dos EUA, de forma deliberada e criminosa. Segundo o processo, o jovem estaria irritado por ter sido mandado para o serviço de convés depois de não ter conseguido tornar-se um SEAL da Marinha.
O comandante Leah O’Brien descreveu Mays como arrogante, acrescentando que o incêndio foi “um ato malicioso de desafio que correu mal”. Durante todo o processo, o marinheiro negou as acusações.
O advogado de defesa, Tayler Haggerty, afirma que não foram apresentadas provas físicas de como era o marinheiro o culpado do incêndio. Haggerty explica que os investigadores ignoraram as evidências e relatos de testemunhas, para que pudessem encontrar um culpado “para a perda de um navio caro que tinha sido mal administrado por oficiais superiores”, lê-se na Sky News.
Por isso, a defesa acredita que decidiram que o culpado era Mays, um marinheiro conhecido por ser sarcástico e irreverente, e que “nada mais importava”. “Só porque o governo elimina e ignora provas, isso não significa que o tribunal deva fazê-lo.”
O julgamento, que deve durar duas semanas, está a deparar-se com uma dificuldade que ameaça atrasar a sua conclusão: a incapacidade de muitas das testemunhas de recordarem o que aconteceu no dia do incêndio.
A embarcação ardeu durante quase cinco dias em julho de 2020. Cerca de 115 marinheiros estavam a bordo e quase 60 sofreram por inalação de fumos e ferimentos leves. O navio ficou tão danificado que teve de ser afundado.