Esta terça-feira foi o primeiro de 46 dias de campanha eleitoral, e a luta política entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro faz-se dentro e fora da internet. As sondagens apontam para que Lula tenha pouco mais de 40% das intenções de voto, contrapondo com o ainda Presidente, que conta com o apoio de mais de 30% dos eleitores.
Foi em Minas Gerais – o segundo maior estado em número de eleitores do Brasil – que Jair Bolsonaro agradeceu a Deus pela segunda oportunidade e pela “segunda vida” – em setembro de 2018, o Presidente foi esfaqueado por um homem na cidade. Sempre querendo passar a ideia do “renascer” aliada à religião, Bolsonaro fez-se acompanhar da sua mulher, Michelle, que apelou ao voto, rezando o terço para todos os apoiantes.
No Twitter, Bolsonaro escreveu não precisar “de enganar o povo” sobre quais são os seus valores, reafirmando que é a favor da família, do livre mercado e do direito à legítima defesa. “Somos contra as drogas e o narcotráfico, o controlo dos media e a internet, a ideologia de género e o aborto.”
Já Lula da Silva apostou no “lugar onde tudo começou: a porta da fábrica”. O ex-Presidente foi líder de um sindicato em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e por isso começou a campanha às portas da fábrica da Volkswagen. No seu discurso, afirmou que vai ganhar porque o país precisa de si, e acusou Bolsonaro de mentir e de ser “genocida”.
Antes de ir para as ruas, Lula da Silva partilhou um vídeo no Twitter. “Onde as minhas pernas não me puderem levar, andarei pelas vossas pernas. Onde a minha voz não puder chegar, falarei pela vossa voz. Vamos juntos.”