Archie Battersbee foi encontrado inconsciente pela mãe depois de ter amarrado uma ligadura ao pescoço e asfixiado até desmaiar. O menino de 12 anos estava a tentar fazer o desafio do “Blackout Challenge”, que consiste em apertar o pescoço até faltar o oxigénio. Esta “brincadeira”, que viu online, causou-lhe danos cerebrais irreversíveis.
Desde o dia 7 de abril que Archie está em coma e, segundo os médicos do Royal London Hospital em Whitechapel, em morte cerebral. Neste sentido, o Supremo Tribunal da Inglaterra e País de Gales autorizou que os médicos desliguem o suporte de vida do menino.
O presidente da Divisão de Família do Supremo Tribunal, Andrew McFarlane, considerou que “a continuação do tratamento de suporte de vida não é mais viável”, acrescentando que Archie está a poucas semanas de morrer por uma “deterioração gradual dos órgãos”.
A mãe Hollie Dance, juntamente com o pai da criança, Paul Battersbee, solicitaram uma extensão do prazo, acrescentando que estão a ponderar recorrer ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos. “Tudo aquilo que pedimos desde o início é que Archie tenha mais tempo e que os seus desejos e os nossos sejam respeitados. Enquanto Archie estiver vivo, eu nunca vou desistir dele, ele é demasiado bom para que eu o faça”, afirma Hollie Dance ao Jornal I.
“Quando ele morrer, acreditamos que deve ser do modo que Deus quiser e também no tempo de Deus. Qual é a pressa? Por que o hospital e os tribunais estão tão interessados em fazer isso o mais rápido possível?”, questiona. “Não acredito que haja algo ‘dignificado’ em planear a morte de Archie. Para mim, este seria o resultado mais traumático”.