Numa mensagem divulgada à comunicação social pela presidência angolana, João Lourenço expressou “sentimentos de pesar pela morte trágica” do antigo governante ao Imperador Naruhito e ao atual primeiro-ministro, Fumio Kishida.
Lembrou ainda que Shinzo Abe “exerceu as suas funções com reconhecido dinamismo, energia, zelo e dedicação e sempre com o sentido do dever”, além de ter mostrado “uma particular atenção às questões que envolvem o continente africano e, em especial, à cooperação com a República de Angola”.
O assassinato de Shinzo Abe ocorreu no mesmo dia em que morreu o ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, aos 79 anos, numa clínica em Barcelona (Espanha), e que levou o governo de Angola a decretar sete dias de luto nacional e a declarar que pretende fazer um funeral de Estado em Luanda.
Shinzo Abe foi atingido mortalmente com dois tiros, na sexta-feira, quando discursava num comício de rua do Partido Liberal Democrático (LDP, no poder), perto da estação ferroviária de Nara.
O político ainda foi transportado para o hospital, mas já em paragem cardiorrespiratória, tendo a morte sido confirmada cerca de cinco horas depois.
Tetsuya Yamagami, o suspeito do ataque, que terá utilizado uma arma artesanal, foi imobilizado pelos serviços de segurança de Abe e levado pela polícia, que posteriormente revistou a sua casa e encontrou outras armas semelhantes também fabricadas pelo alegado autor.
Yamagami encontrava-se desempregado desde maio, quando deixou de trabalhar numa empresa industrial em Kansai, no centro-sul do país. Entre 2002 e 2005 fez parte do exército nipónico, de acordo com o Ministério da Defesa do Japão.
Abe foi primeiro-ministro em 2006-2007 e, depois, de 2012 a 2020, tendo sido o chefe de Governo mais jovem do pós-guerra, aos 52 anos, o primeiro nascido depois da Segunda Guerra Mundial e o que esteve mais tempo no cargo.
JGO (CAD) // MAG