Através de uma mensagem na rede social Twitter, Sturgeon considerou, por outro lado, que o “‘défice democrático’ inerente a Westminster (parlamento do Reino Unido) não se soluciona com uma mudança de primeiro-ministro”.
A responsável pelo governo escocês e líder do Partido Nacional Escocês referia-se às notícias difundidas hoje sobre a eventual demissão do primeiro-ministro e da realização de um congresso do Partido Conservador em outubro.
“Os problemas vão mais além de apenas um indivíduo. O ‘sistema’ de Westminster está danificado”, acrescentou.
A mensagem de Sturgeon surge depois das emissoras BBC e Sky News terem anunciado que Boris Johnson vai apresentar hoje a demissão do cargo de líder do Partido Conservador.
Na quarta-feira, após as primeiras demissões de membros do executivo, o primeiro-ministro disse que não ia afastar-se.
Hoje, após mais demissões de membros do governo, incluindo a de uma ministra nomeada na véspera, o gabinete de Boris Johnson indicou que o chefe do executivo falará ainda hoje ao país.
Por outro lado, o governo de Dublin considerou hoje que, a eventual demissão do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pode vir a ser uma oportunidade para melhorar as relações da República da Irlanda com o Reino Unido.
“O Reino Unido é o nosso vizinho mais próximo e as relações não deveriam ser como são agora”, disse o ministro da Educação irlandês, Roderic O’Gorman.
As relações entre os dois países deterioraram-se nos últimos anos por causa da saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’).
Para o ministro irlandês, a eventual “saída” de Johnson pode ser uma “oportunidade” para “reiniciar” as relações que o executivo de Dublin considera estarem “no ponto mais baixo” devido à posição de Londres em relação à província britânica da Irlanda do Norte, no âmbito do ‘Brexit’.
“Qualquer oportunidade para melhorar isto, qualquer oportunidade para mudança será bem vinda por este governo e por toda a gente neste país (República da Irlanda)”, disse O’Gorman.
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