“Lamentamos a perda de dezenas de vidas em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, consequência das cheias e desabamentos provocados pelas fortes chuvadas que atingiram a região”, diz a mensagem publicada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social Twitter.
“Exprimimos a nossa solidariedade para com todos os que estão sendo afetados por esta tragédia”, acrescentou o Governo português.
Petrópolis, localizada na região serrana do estado do Rio de Janeiro, já registou 78 mortes em razão da tempestade que atingiu o município na noite de terça-feira, segundo o governador do estado, Cláudio Castro.
O balanço de mortos, porém, ainda deve aumentar já que o número de desaparecidos na localidade de 300 mil habitantes ainda não foi apurado pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo a agência meteorológica MetSul, Petrópolis recebeu mais chuva em poucas horas na noite de terça-feira do que a média de um mês inteiro de fevereiro.
Pelo menos 21 pessoas foram resgatadas com vida, já há informação de que 54 casas foram destruídas pelas chuvas e 377 pessoas foram acolhidas em abrigos improvisados.
O governador do Rio de Janeiro acompanha os trabalhos das equipas nos locais onde ocorreram desabamentos e cheias causados pela enxurrada em Petrópolis, disse aos ‘media’ locais que a situação que tem encontrado é “quase que de guerra”.
Castro esteve no Morro da Oficina, onde os desabamentos causaram várias vítimas.
Sobre o trabalho de resgate, o secretário do estado de Defesa Civil, Leandro Monteiro, afirmou que “há uma grande equipa concentrada no Morro da Oficina”, onde as autoridades acreditam que existe “o maior número de vítimas ainda soterradas”.
“Estamos com 400 militares mobilizados e atuando em 44 pontos atingidos pelo temporal. Montámos um hospital de campanha com 10 leitos [camas], onde as vítimas recebem o primeiro atendimento”, disse.
Para a cidade foram mobilizados 20 camiões, 20 retroescavadoras, 10 escavadeiras hidráulicas e 10 camiões-cisterna, além de veículos com medicamentos e ambulâncias.
A prefeitura de câmara de Petrópolis decretou “estado de calamidade” e luto de três dias.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram carros sendo arrastados pela correnteza e grandes deslizamentos em Petrópolis.
Esta não é a primeira vez que a região montanhosa do Rio de Janeiro foi atingida por fortes tempestades. Em 2011 ocorreu a maior tragédia meteorológica alguma vez registada no Brasil, quando as tempestades provocaram mais de 900 mortos e uma centena de desaparecidos na região.
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