Depois de dois anos de pandemia, a Dinamarca vai retomar à normalidade e conviver com o vírus, apesar do alto número de novos casos de infeção. O primeiro passo, segundo a primeira-ministra, é abandonar a ideia de que a Covid-19 é uma “ameaça à sociedade”. O governo dinamarquês, pela voz de Mette Frederiksen, “decidiu que a Covid-19 não deveria mais ser categorizado como uma doença socialmente crítica depois o dia 31 de janeiro de 2022”.
Assim, esta terça-feira, dia 1, inicia-se a primeira de três fases de ação. Na primeira etapa, até à primavera, vão ser mantidas as recomendações para os grupos de risco, como uso de máscaras em lares, bem como a obrigatoriedade de realização de testes para os não vacinados que viajam para Dinamarca; reabrirão todos os bares, restaurantes e locais de lazer, sem restrições de horário, e não sendo necessário certificados para entrar. Nos transportes não é obrigatório usar máscaras.
O país passou também a aceitar mais quatro vacinas como medidas de proteção, sendo agora possível viajar com doses da vacina Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca, Janssen, Novavax, Covishield, Covaxina, Sinovac e Sinopharm.
A segunda fase, até ao outono, será uma etapa de vigilância e preparação para a terceira, já no próximo inverno, em que é “muito possível” que uma grande parte da população tenha de ser novamente vacinada.
No dia 18 de dezembro, a Dinamarca entrou novamente numa fase de medidas restritivas devido a preocupações com a variante Ómicron, encerrando teatros, cinemas, salas de concertos, parques de diversões, museus e galerias de arte. As lojas e os restaurantes tiveram de limitar o número de clientes autorizados a entrar e tinham de servir as últimas refeições às 22h e fechar às 23h.
Na Dinamarca já foram vacinadas duas vezes 81% da população, enquanto 62% receberam a dose de reforço.