O Presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, “anunciará hoje três dias de luto nacional com a bandeira a meia haste”, antecipou o ministro, citado pela agência France-Presse (AFP), durante a visita a um hospital em Tuxtla Gutiérrez, no sul do México, onde os feridos no acidente ainda estão a ser tratados.
“Neste momento, toda a Guatemala está de luto”, acrescentou.
Cerca de 160 migrantes viajavam escondidos e amontoados no reboque de um camião, presumivelmente em direção à fronteira dos Estados Unidos, quando o veículo capotou na auto-estrada perto de Tuxtla Gutiérrez, capital do estado de Chiapas, que faz fronteira com a Guatemala.
Segundo o último balanço das autoridades, o acidente fez 55 mortos e 105 feridos, a maioria da Guatemala, mas também das Honduras, México, Equador e República Dominicana.
O estado de Chiapas é a porta de entrada para migrantes vindos da América Central, principalmente das Honduras e El Salvador, na esperança de chegarem aos Estados Unidos.
O transporte em camiões é um dos métodos habituais utilizados pelos passadores. Acidentes com veículos pesados de mercadorias que transportam pessoas são comuns no sul do México, onde acontecem operações de tráfico de migrantes.
Tradicional corredor de passagem, o México enfrenta este ano um número recorde de chegadas, não só das Honduras e El Salvador, mas também do Haiti.
De janeiro a outubro, o país registou 108.195 pedidos de asilo, um recorde, de acordo com os últimos números oficiais, citados pela AFP.
Os Estados Unidos têm adotado uma posição dura. No início de outubro, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que a viagem empreendida pelos migrantes é “profundamente perigosa e não terá sucesso”, durante uma visita à Cidade do México.
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