A nova variante foi comunicada à OMS pela África do Sul na quarta-feira, tendo o grupo de peritos consultivo da OMS para a monitorização da evolução do coronavírus SARS-CoV-2 se reunido hoje para avaliar a B.1.1.529 e proposto a classificação.
Segundo a OMS, a variante Omicron tem “um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes”. Dados preliminares sugerem “um risco acrescido de reinfeção” com esta estirpe, por comparação com outras variantes de preocupação, adianta a agência da ONU em comunicado.
O primeiro caso da nova variante na Europa foi identificado na Bélgica, a 22 deste mês, conforme anunciou esta sexta-feira o ministro da Saúde Pública belga, Frank Vandenbroucke.
A infetada é uma jovem mulher não vacinada que desenvolveu sintomas 11 dias após viajar para o Egito através da Turquia, indicou o Laboratório Nacional de Referência belga.
A paciente parece não ter tido contactos de alto risco fora da sua casa e nenhum membro da família desenvolveu sintomas até agora, acrescentou o laboratório, que está a conduzir uma investigação abrangente a este caso.
Nas mesmas declarações, o ministro belga apelou à cautela, afirmando: “É preciso cuidado, mas não entrar em pânico”.
Cerca de 30 mutações desta nova variante já foram identificadas em lugares como a África do Sul, Botswana ou Hong Kong, o que tem gerado preocupação a nível mundial e a imposição, por parte de países europeus, de restrições a viajantes oriundos de países da África Austral.