Pelo menos 595 hectares de área da ilha de La Palma já foram afetados pelo fluxo de lava expelida pelo vulcão Cumbre Vieja, que aumentou após o flanco norte ter desabado no sábado, proporcionando maior fluidez no escoamento.
De acordo com o relatório divulgado hoje pelo Departamento de Segurança Interna do Governo (DSN) espanhol, o fluxo mais ativo de lava atualmente está localizado mais ao norte.
Enquanto um dos fluxos de lava avança em direção ao mar (300 metros), na segunda-feira o outro provocou a combustão de hidrocarbonetos ao passar por uma fábrica de cimento, o que obrigou ao confinamento de cerca de 3.500 pessoas nas áreas de El Paso e Los Llanos de Aridane.
Além disso, foi proibido o acesso a Tazacorte através das áreas evacuadas, até que a situação ao norte da montanha Todoque seja avaliada.
De acordo com o centro de emergência das Ilhas Canárias, o confinamento será mantido até nova avaliação hoje devido ao avanço do fluxo de lava na zona industrial de Callejón de la Gata, que pode afetar mais armazéns e causar novas combustões e emanações de gás que podem ser perigosos.
Em qualquer caso, de acordo com o relatório DSN, todos os fluxos de lava avançam na zona de exclusão onde ocorreu a retirada de moradores. Junto com a nuvem de dióxido de enxofre, há uma quantidade significativa de cinza vulcânica que se move na direção leste devido aos ventos fortes, embora os valores de dióxido estejam abaixo do limite de risco.
Os sismos também continuam e nas últimas horas foi registado um terramoto de magnitude 4,1 na escala de Richter e cujo centro estava a uma profundidade de 13 quilómetros.
Os aeroportos das Ilhas Canárias estão operacionais, embora as companhias aéreas cancelem voos para La Palma.
O vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção em 19 de setembro, obrigando à retirada de mais de 6.000 pessoas das zonas afetadas.
A erupção afetou o cultivo da banana e o turismo, as principais fontes de receitas da ilha, onde vivem cerca de 85.000 pessoas.
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